sábado, 27 de abril de 2013

"eu me entrego
(...)
A um bom livro antes de dormir
Ao hoje, ao agora e ao talvez
Ao compromisso de realizar meus sonhos
Desapego até dos meus esconderijos, aos berros
Deixe a deixa aberta, aperte um sorriso
(...) Entregue-se àquilo que te faz sentir."

[Tiê]

sexta-feira, 26 de abril de 2013

"Muitas pessoas têm essa expressão como uma tese certa. Passam a vida acreditando que são poucos que merecem nosso afeto, que é impossível conviver e criar vínculos com um número grande de pessoas. Eu sempre discordei. Meus amigos nunca foram temporários, mas sim cumulativos. Fui acomodando ao longo dos anos cada um em um cantinho. Deixando todo mundo entrar na minha vida e ficar, mesmo os que foram embora, até mesmo os que continuaram por perto, mas por algum motivo não encontro com a mesma frenquência. 


Pra mim, amizade tem mais a ver com o que o outro me faz sentir do que necessariamente com o que ele pode me dar. Não conto meus amigos pelos benefícios que me trouxeram, mas por como me fizeram sentir privilegiada pelo quanto me acrescentaram. As fases mudam, os amigos mudam, a gente muda. O passado não. A amiga da bagunça da infância será sempre a mesma, os conselhos do amigo confidente da adolescência já foram dados, a parceria nas farras da faculdade já aconteceram.Tempo nenhum será capaz de apagar. Distância nenhuma afasta as lembranças. Amigo de verdad
e deixa marcas. E uma marca ninguém pode tirar de você!"


[Fernanda Gaona]

quinta-feira, 25 de abril de 2013

"Amar a si próprio é esse movimento: não se resignar, não se conformar com o que foi feito, não mergulhar na repetição desanimada dos dias: olhar cada lembrança de frente e ver se ainda queima. Olhar cada palavra de frente e ver se ainda queima. Olhar cada atitude de frente e ver se ainda queima. E incendiar a nossa vida na vida do outro."

[Fabrício Carpinejar]
Img: Shay Mitchell

"Um amor clichê. É isso que todos nós esperamos na vida. Quem não espera, é por que não sabe o que quer, quando descobrir vai querer. Todos nós queremos, ainda que não saibamos expressar. Um amor clichê pra domingo ficar com preguiça, pra fazer os mesmos programas, pra contar as mesmas piadas. Um amor clichê de filme, como Lisbela sonhava, complicado, difícil, quase impossível, que passa sobre tudo e sobre todos mas no final sobrevive, mocinha e mocinho. Um amor clichê de conversar em silêncio por horas e horas, de velhinhos indo ao cinema com os casais de jovens suspirando e prometendo ficar assim. Um amor clichê de música do casal, de mãos dadas na areia da praia, de esperar a ligação, de responder o sms, de caneca de café pela manhã, de dias chuvosos.
Todos querem um amor clichê, pois os clichês são quase intermináveis e não têm pressa."

[Filipe Leão]

segunda-feira, 22 de abril de 2013

"Vem pro dia, e observa a hora certeira.
Bobeira é não perceber que seu agora é passado, 
em poucos instantes.
Não quero certezas mutantes, 
não quero mentiras que dividem.
Venho pro meu pedaço de tempo, 
sedenta de espaço que exale alegria.
Conto as voltas dos ponteiros pro minuto que vinga.
Trago comigo, cá dentro, 
a certeza de que posso fazer mais, sempre.
Porque sou de fé, porque acredito.
E se meu grito não servir pro chamado, 
deixo estampado no rosto o meu melhor aviso.
Um sorriso que convida, pra vida."

[Dan Cezar]

"Você pode tentar conter quem você é o quanto for, provavelmente só irá funcionar até o "capítulo cinco", no máximo. Nossa essência sempre sabe como e onde nos encontrar. "

[Fernanda Gaona]
Img: Charlize Theron

terça-feira, 2 de abril de 2013

"Devagarinho vai se levando. Pra no final, a esperança ser posta na berlinda, de novo. Esperança de vida nova. Esperança que pinta, mas já com a certeza de que a gente tem que cavar. Tem que tomar. Na marra. Rindo. Se possível!" 

[Elis Regina]

DANE-SE A FILA


O que sou não deve ser regra de convivência. O que sou morre comigo.
Descobri que amar não é fazer com que o outro siga meu ritmo insano.
Isso é ditadura.
Amar não é puxar a namorada para o nosso fôlego, não é arrancá-la de seu temperamento e forçar semelhanças.
Isso é indiferença.
Amar não é punir atrasos e castigar descompassos.
Isso é tortura.
Amar não é ameaçar com frases egoístas como “A fila anda”. É o contrário: é perder o lugar na fila, é ceder seu lugar na fila, é regressar ao início da fila.
Amar é estranhamente recuar. É encurtar as pernas para melhor passear, alongar os braços para melhor entrelaçar os dedos.
O apaixonado não impõe seu temperamento, acostuma-se a caminhar diferente, olhando ao lado. O lado passa a ser a nossa frente. Quem nos ladeia é o nosso horizonte.
Surgirá um contratempo de sua companhia, uma dificuldade inesperada e se verá contrariando seus planos para ajudar – só tem pressa quem não tem urgência.
Amar é proteger mais do que avançar, é cuidar mais do que atingir objetivos, é apoiar mais do que se vangloriar da distância.
Foi a minha avó Mafalda que me explicou. Ficava muito irritado pelo seu trotear na Rua Corte Real. Era velhinha, manca e, além de tudo, distraída. Ela me obrigava a participar de sua andança fisioterápica depois do almoço. Um quarteirão correspondia a queimar calorias de quatro quilômetros.
– Meu neto, é bom acompanhar um familiar doente, pois amar é ir aos poucos, é lentidão por fora e interesse por dentro – ela dizia.
Não fazia lógica para mim. Amar parecia voar, correr, atropelar. Amar significava velocidade, superação, afoiteza. Amar traduzia liberdade, transgressão, não se intimidar com os limites.
Eu me enganei, vó.
Seu andar miúdo, pequeno, de bengala, pesando cada pé no chão, me ofereceu uma aula emocional.
Nenhum casal corre de mãos dadas.
Amar é aguardar se necessário, voltar atrás se preciso, criar um novo passo para atender os dois.
Se fui apressado para conquistar minha mulher, agora devo ser lento, estar com ela é meu destino. 

segunda-feira, 1 de abril de 2013

"Cansei de gente que reclama, mas nada faz. Gente que vive corcunda mediante as circunstâncias, que coloca a culpa nos outros, no mau tempo, em vez de procurar – e achar – o que realmente resolve o tal problema. Cansei de gente sem brilho no olhar, com acusação nos lábios, com imposição das coisas, com escravidão na vida. Cansei.

Porque, venhamos e convenhamos, as pessoas em sua grande maioria adoram reclamar. De tudo. Da saúde, do tempo – sol ou chuva, não importa, reclamam –, da televisão, da novela que acabou, do trabalho que tá pouco, da grana que falta, do cachorro que late a noite toda, da casa que sempre está uma bagunça, da água que está fria, das contas para pagar.

O problema não é reclamar, afinal vez ou outra todos nós, meros mortais, reclamamos. O problema é reclamar de tudo o te mpo todo, sem ver o lado bom das coisas e – principalmente – da vida. E jogar as frustrações nas costas dos outros, que nada ou pouco tem a ver com aquilo.

Então, por decreto, resolvi: eu gosto é de gente leve. Gente de sorriso rasgado na cara, que tem a oferecer abraços, sorrisos e palavras doces, sinceras e verdadeiras. Gente otimista que faz da vida poesia, gente inteligente que faz poesia da vida. Gente corajosa com brilho no olhar e satisfação em viver. Gente que não tem medo de dar a cara à tapa pelo que pensa e fala da maneira mais educada possível.

Gente que respeita e não julga. Gente com a cabeça no lugar, mas com um pouco de loucura na vida, pois nem só de paraíso vivemos. Gente que não se subestima nem se superestima demais. (E nem aos outros.). Porque todos nós somos pessoas, e pessoas invariavelmente se decepcionam com outras pessoas. (Normal.).

Eu gosto de gente que leva a vida com paixão, adoração, que curtem cada detalhe ínfimo das suas vidas. Gente com o coração leve, mas o com espírito forte. Gente que não anda encarquilhada perante suas frustrações e problemas. Gente que não reclama, resolve. Gosto de gente que ri, chora, se emociona e faz o melhor que pode da melhor forma que consegue sem se cobrar demais por isso. Gente que fala olhando no olho da gente.

Essas pessoas, em minha vida, eu tenho. E eu não quero nunca que saiam dela, pois leveza, meu bem, não se compra nem se acha por aí dando sopa. Leveza, e isso eu sei, é difícil de ter na vida neste mundo tão cada vez mais conturbado por toda a urucubaca. Leveza se conquista dia após dia. Leveza hoje em dia é uma raridade boa de se ver, e o que me é raro me é muito caro e não abro mão de modo algum. Gente leve é rara. Gente leve é preciosa de se ter ao lado. E faz a maior diferença na vida!

Então, hoje, eu penso assim: o barato da vida é que ela me é cara demais (ainda bem!), e eu não estou aqui a troco de nada. Eu vim ao mundo para ser feliz!

Feliz e leve."

[Paolla Milnyczul]

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