domingo, 8 de novembro de 2015

Minha vida

Não mais me deitar no feno perfumado ou deslizar na neve deserta.
Onde eu exatamente me encontro?
O que me surpreende é a impressão de não ter envelhecido, embora eu esteja instalada na velhice.
O tempo é irrealizável.
Provisoriamente o tempo parou para mim.
Provisoriamente.
Mas eu não ignoro as ameaças que o futuro encerra, como também não ignoro que é o meu passado que define a minha abertura para o futuro.
O meu passado é a referência que me projeta e que eu devo ultrapassar.
Portanto, ao meu passado, eu devo o meu saber e a minha ignorância, as minha necessidades, as minhas relações, a minha cultura e o meu corpo.
Hoje, que espaço o meu passado deixa para a minha liberdade hoje? Não sou escrava dele. 
O que eu sempre quis foi comunicar unicamente da maneira mais direta o sabor da minha vida. Unicamente o sabor da minha vida.
Acredito que eu consegui fazê-lo.
Vivi num mundo de homens, guardando em mim o melhor da minha feminilidade.
Não desejei e nem desejo nada mais do que viver sem tempos mortos. 
[Simone de Beauvoir]


terça-feira, 3 de novembro de 2015

Dádiva de Deus

"- Que a paz de Deus esteja com você - diz ela, com a voz baixa -, mesmo em meio as dificuldades.
- Por que ela estaria? - indago baixinho, para que ninguém  mais ouça.
- A questão não é você. É uma dádiva. Você não pode merecê-la ou ela deixará de ser uma dádiva."

[Veronica Roth in Insurgente]

"Nós encontramos um jeito de ajeitar o nosso amor para que ele se eternizasse. Jogamos fora tudo que machuca e desestabiliza a nossa história, fizemos um acordo com nossos sentimentos, do tipo: Faça o que quiser é você o meu amor. Somente assim nós conseguimos que ele fosse para sempre." 

[Denise Portes]
Img: Rachel McAdams in Para Sempre

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