Percebia em si a vontade intensa quase pungente de se lamentar, de acusar, sobretudo de reivindicar. Parecia-lhe que já fora tão experimentada que agora lhe deveria chegar, dentro da lógica romântica dos humanos, a hora de receber a paz. Já nem ousava pensar alegria, que ela não sabia propriamente como era, mas em paz.
(Clarice Lispector in Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres)
(Clarice Lispector in Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres)
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