"O amor é o que não lembramos para continuar lembrando [...] Todo dia será exaustivamente igual: é uma atenção renovada, não exclusiva. Uma dedicação nula. Uma devoção secreta que não traz fama e reconhecimento. Coisas simples que não podem ser contadas ou glorificadas durante a semana. Que são apagadas no mesmo momento do ato
[...]
É o que me põe apaixonado numa mulher: [...] o que somente protege, mas que é confidente das raízes. O quanto ela é capaz de estar ao seu lado sem que necessite imortalidade. O quanto me torno observador das inutilidades. Falei inutilidades, pois é, não errei a digitação, quem ama conserva inutilidades.
[Fabrício Carpinejar in Mulher Perdigueira, 'Pratinho do vaso']
Foto: Filme Up
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui seu sentimento