quinta-feira, 13 de novembro de 2008
"O que posso falar sobre o que sinto? Qual é a palavra que pode alcançar, de maneira eficaz, a natureza metafísica dos meus afetos? O que posso responder ao terapeuta, no momento em que me pede para descrever o que estou sentindo? Há palavras que possam alcançar as raízes de nossas angústias?
Não sei.
Prefiro permanecer no silêncio da contemplação. É sacral o que sinto, assim como também está revestido de sacralidade o sabor que experimento. Sabores e saberes são rimas preciosas, mas não são realidades que sobrevivem à superfície.
Querer a profundidade das coisas é um jeito sábio de resolver os conflitos. Muitos sofrimentos nascem e são alimentados a partir de perguntas idiotas.
Quero aprender a perguntar menos.
Eu espero ansioso por este dia.
Quero descobrir a graça de sorrir diante de tudo o que ainda não sei.
Quero que a matriz de minhas alegrias seja o que da vida não se descreve..."
(Pe. Fábio de Melo in O que a vida não descreve)
Marcadores: Pe. Fábio de Melo
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