domingo, 1 de março de 2009
Quando, um dia, não fores mais lembrança
e, se lembrança, não houver saudade,
e, se lembrança, não houver saudade,
a vida eu viverei pela metade,
sem a minha metade de esperança.
Hão de morrer meus sonhos de criança,
junto aos sonhos da minha mocidade.
E há de restar, somente, à minha idade,
o medo de ser só, que já me alcança.
Quando fores, em mim, desesperança,
quando eu perder do amor a confiança,
sendo refém de falsa liberdade,
eu viverei em mim, sem mais mudança,
quando, um dia, não fores mais lembrança
e, se lembrança, não houver saudade.
(Ronaldo Cunha Lima)
(Ronaldo Cunha Lima)
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