quinta-feira, 20 de outubro de 2011

"O amor é o que não lembramos para continuar lembrando [...] Todo dia será exaustivamente igual: é uma atenção renovada, não exclusiva. Uma dedicação nula. Uma devoção secreta que não traz fama e reconhecimento. Coisas simples que não podem ser contadas ou glorificadas durante a semana. Que são apagadas no mesmo momento do ato 
[...]
É o que me põe apaixonado numa mulher: [...] o que somente protege, mas que é confidente das raízes. O quanto ela é capaz de estar ao seu lado sem que necessite imortalidade. O quanto me torno observador das inutilidades. Falei inutilidades, pois é, não errei a digitação, quem ama conserva inutilidades.

[Fabrício Carpinejar in Mulher Perdigueira, 'Pratinho do vaso']

Foto: Filme Up

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