terça-feira, 18 de fevereiro de 2025
“…porque os livros nunca me tiraram de mim, sempre me devolveram a mim. Algumas coisas que li não se contentaram com minha memória, caíram no meu sistema digestivo, e eu as incorporei como a um bom bife. A ponto de não saber mais se são minhas as palavras que digo ou se eu deveria viver entre aspas.”
[Carla Madeira in A Natureza da Mordida]
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025
Em certa altura, as pessoas mais próximas de nós se tornam inimigas de alguma forma, mesmo que seja através de um amor bem-intencionado ou apatia, ou se vivermos tempo o bastante para nos tornarmos o vilão das histórias delas. — PÁGINA 80, O LIVRO DE BRENNAN.
[A Quarta Asa - Rebecca Yarros]
Marcadores: Rebecca Yarros
terça-feira, 28 de janeiro de 2025
“A esperança é uma coisa perigosa e caprichosa. Ela rouba seu foco e te faz pensar em possibilidades em vez de te manter onde deve: nas probabilidades.” - XADEN
[Quarta Asa - Rebecca Yarros]
Marcadores: Rebecca Yarros
quinta-feira, 2 de janeiro de 2025
Toda relação intensa entre seres humanos é cheia de armadilhas e, caso se queira que dure, é preciso aprender a desviar-se delas. [Elena Ferrante in A História da Menina perdida]
0 sentimentos Postado por Flor às 18:20Você não deve acreditar que o mundo morde a própria cauda e que ora vai bem, ora vai mal, ora vai bem de novo. É preciso trabalhar com constância, com disciplina, passo a passo, não importa como vão as coisas à nossa volta, e prestando atenção para não errar, porque os erros se pagam.
[Elena Ferrante in A história da Menina Perdida]
Marcadores: Citações, Elena Ferrante
quarta-feira, 1 de janeiro de 2025
Se pudesse desejar algo para mim, não desejaria riqueza nem poder, mas a paixão da possibilidade; desejaria apenas um olho que, eternamente jovem, ardesse de desejo de ver a possibilidade.
Kierkegaard, Der Augenblick [O instante]
segunda-feira, 30 de dezembro de 2024
Nas fábulas se age como se quer, na realidade se faz o que se pode.” (Elena Ferrante em História de quem foge e de quem fica)
0 sentimentos Postado por Flor às 22:49[Matt Hang in A Biblioteca da Meia-Noite]
sábado, 28 de dezembro de 2024
E agora falta quase nada pra gente abraçar a ilusão de que tudo vai ser novo. Que seja mesmo, especialmente pra você. (Martha Medeiros in “Doidas e Santas”)
0 sentimentos Postado por Flor às 12:26
– Lya Luft
Marcadores: Datas, Lya Luft, Martha Medeiros
sexta-feira, 24 de maio de 2024
[Matt Haig in A Biblioteca da Meia-Noite]
Marcadores: Matt Haig
[Legião Urbana]
Marcadores: Músicas
sábado, 23 de setembro de 2023
Um poema inédito de Caio Fernando Abreu foi achado por sua irmã, Márcia de Abreu Jacinto. O poema de 1989 diz:
"No meio do silêncio e do verde, a presença de Deus fica mais clara. Essa luz ilumina os porões da mente, desfaz o mofo, espanta os fantasmas. Com cuidado, chamo a isso de ‘felicidade’.
Ela pousa, muito leve, no telhado desta casa.
domingo, 28 de novembro de 2021
O aço dos meus olhos, o fel das minhas palavras
Acalmaram meu silêncio mas deixaram suas marcas
Se hoje sou deserto é que eu não sabia
Que as flores com o tempo
Perdem a força e a ventania vem mais forte
Hoje só acredito no pulsar das minhas veias
E aquela luz que havia em cada ponto de partida
Há muito me deixou, há muito me deixou
Ai, coração alado
Desfolharei meus olhos neste escuro véu
(Não acredito mais no fogo ingênuo da paixão)
São tantas ilusões perdidas na lembrança
Nessa estrada (só quem pode me seguir sou eu)
Sou eu, sou eu , sou eu.
Hoje só acredito no pulsar das minhas veias
E aquela luz que havia em cada ponto de partida
Há muito me deixou
(Canção de Fagner - Compositores: Caio Silvio Braz Peixoto Da Si / Graccho Silvio Braz Peixoto )
domingo, 1 de setembro de 2019
quarta-feira, 28 de agosto de 2019
quinta-feira, 21 de junho de 2018
Nela despenco: pedra mórula ferida.
É crua e dura a vida. Como um naco de víbora.
Como-a no livor da língua
Tinta, lavo-te os antebraços, Vida, lavo-me
No estreito-pouco
Do meu corpo, lavo as vigas dos ossos, minha vida
Tua unha plúmbea, meu casaco rosso.
E perambulamos de coturno pela rua
Rubras, góticas, altas de corpo e copos.
A vida é crua. Faminta como o bico dos corvos.
E pode ser tão generosa e mítica: arroio, lágrima
Olho d’água, bebida. A vida é líquida.
Também são cruas e duras as palavras e as caras
Antes de nos sentarmos à mesa, tu e eu, Vida
Diante do coruscante ouro da bebida. Aos poucos
Vão se fazendo remansos, lentilhas d’água, diamantes
Sobre os insultos do passado e do agora. Aos poucos
Somos duas senhoras, encharcadas de riso, rosadas
De um amora, um que entrevi no teu hálito, amigo
Quando me permitiste o paraíso. O sinistro das horas
Vai se fazendo tempo de conquista. Langor e sofrimento
Vão se fazendo olvido. Depois deitadas, a morte
É um rei que nos visita e nos cobre de mirra.
Sussurras: ah, a vida é líquida.
Alturas, tiras, subo-as, recorto-as
E pairamos as duas, eu e a Vida
No carmim da borrasca. Embriagadas
Mergulhamos nítidas num borraçal que coaxa.
Que estilosa galhofa. Que desempenados
Serafins. Nós duas nos vapores
Lobotômicas líricas, e a gaivagem
se transforma em galarim, e é translúcida
A lama e é extremoso o Nada.
Descasco o dementado cotidiano
E seu rito pastoso de parábolas.
Pacientes, canonisas, muito bem-educadas
Aguardamos o tépido poente, o copo, a casa.
Marcadores: Hilda Hilst