quarta-feira, 11 de novembro de 2009

_ _ _ C_


O relacionamento é um bicho-de-sete-cabeças. Cabe decepar cinco delas e deixar duas pensando. Não permitir que outras cabeças intrusas mandem mais do que a do casal, ainda que seja a mãe, a sogra, a melhor amiga ou amigo.
Aprendi a amar jogando Forca na escola. Deduzir as letras que faltam para não deixar morrer a linguagem.
É evidente que complicamos o amor. Pois o amor nos torna confusos, eufóricos, instáveis.
Nada apaga a incerteza do começo.
Quando se fica junto e ainda não se tem convicção do enlace.
Qualquer sinal pode aproximar ou sacrificar o início.
Nenhum dos dois confessa o namoro. Ficam juntos, não conseguem voltar para casa, arrumam pretextos e não se fala o que se queria. Ambos rodeiam com palavras outras para se aproximar da palavra aquela.
Já descobriram a intimidade, a empatia, as afinidades, mas há o medo de apressar.
Mas há também o medo de demorar.
Como é difícil acertar o ritmo de fora com o ritmo de dentro.
O abraço serve para apartar o excesso de palavras, assim como no boxe o abraço serve para conceder trégua aos socos.
Quanta violência na vagueza. É dormir de tarde e acordar de noite.
O amor rouba o fuso, o contexto, a simplicidade. É uma mudez carregada de fragilidade. Apaga – se a luz para diminuir o receio de não ser aceito.
O amor aperfeiçoa os defeitos. Os defeitos ficam charmosos, simpáticos, expansivos.
O amor devolve a transfiguração. A realidade não basta.
Percebe – se no lampião sua touca de vidro. E se acha graça do fogo usando touca de banho para não molhar os cabelos.
De repente, se está rindo sozinho do absurdo de ver mais do que se deveria, pelo excesso de contingente da imaginação.
O que impensável parece adequado. Não se enxerga somente o passado de quem se ama, mas o que se oferece de futuro.
Da mesma forma, nada apaga a incerteza do final. Volta – se ao mesmo ‘’ não-sei-o-quê’’, o doloroso balbuciar destinado encerrar uma história.
Nenhum dos dois pede a conta - o temos de que o estrago seja maior do que o fundo.
Não se toma o partido, a iniciativa. Há o risco de errar feio e se enganar com a previsão.
Calam – se e discutem por qualquer coisa que não se tem a coragem de se discutir o que interessa. É um estado de nervosismo permanente, de vulnerabilidade extremada.
Vontade de terceirizar a vida e deixar que os outros administrem e tomem as decisões em nosso lugar.
Vontade de largar a casa, os móveis, mudar de identidade e retornar assim que tudo estiver resolvido.
A falência amorosa é como a falência de uma empresa. As centenas de funcionários demitidos são as lembranças. São postos na rua preceitos, frases e ideais antes caros à memória.
A indefinição é que faz o amor permanecer ou ir embora.



(Fabricio Carpinejar)

O despertar






E então ela viu, a angústia depedaçando o olhar dele, como se ele simplesmente não pudesse mais lutar. A derrota enquanto os muros finalmente ruíam e ela via o que havia por trás deles. E então, desamparado ele curvou a cabeça para os lábios de Elena.(Diários do Vampiro: o despertar - L.J. Smith)

Andei lendo também Diários do Vampiro: o despertar, pois tinha visto que ía ter uma série da Warner baseada nos livros. Gostei dos livros, não virei fã como da série de Meyer, mas gostei, embora a série Diários do Vampiro tenha sido publicada bem antes de crepúsculo, eles até tem muita coisa em comum, achei melhor a série da Meyer, explica melhor todo o amor...e a série da Warner, assiti os 3 primeiros episódios, eles estão fazendo muitas coisas diferentes do livro, dá pra assistir, mas acho que não vou virar fã. Sim, apesar de ser diferente fisicamente da personagem do livro, eu gostei da Helena da sérei, não sei bem o que foi, mas simpatizei com a atriz, muito mais do que com a que faz Bella na série da Meyer e que até fisicamente tem mais haver com a personagem , mesmo assim não gosto dela.

o pior de tudo

"...de todas as dificuldades que uma pessoa tem de enfrentar, a mais sofrida é, sem dúvida, o simples ato de esperar."
(A cidade do sol - Khaled Hosseini)

Pulsações

"Saber desistir. Abandonar ou não abandonar — esta é muitas vezes a questão para um jogador. A arte de abandonar não é ensinada a ninguém. E está lon­ge de ser rara a situação angustiosa em que devo de­cidir se há algum sentido em prosseguir jogando. Serei capaz de abandonar nobremente? ou sou daqueles que prosseguem teimosamente esperando que aconteça al­guma coisa? como, digamos, o próprio fim do mundo? ou seja lá o que for, como a minha morte súbita, hi­pótese que tornaria supérflua a minha desistência?"
(Clarice Linspector in Um Sopro de Vida)

terça-feira, 10 de novembro de 2009

"A senhora acharia exagerado se eu lhe dissesse que aquele amor era uma cruz que eu carregava o dia inteiro e à qual eu dormia pregado; então serei mais modesto e mais prosaico dizendo que era como um mal jeito no pescoço que de vez em quando doía como bursite. Eu já tive um mês de bursite, minha senhora; dói de se dar guinchos, de se ter vontade de saltar pela janela. Pois que venha outra bursite, mas não volte nunca um amor como aquele. Bursite é uma dor burra, que dói, dói, mesmo, e vai doendo; a dor do amor tem de repente uma doura, um instante de sonho que mesmo sabendo que não se tem esperança alguma a gente fica sonhando, como um menino bobo que vai andando distraído e de repente dá uma topada numa pedra. E a angústia lenta de quem parece que está morrendo afogado no ar, e o humilde sentimento de ridículo e de impotência, e o desânimo que às vezes invade o corpo e a alma, e a 'vontade de chorar e de morrer', de que fala o samba?Por favor, minha delicada leitora; se, pelo que escrevo, me tem alguma estima, por favor: me deseje uma boa bursite."


(Rubem Braga in Amor e Outros Males - A Traição das Elegantes)

O Poço

Cais,
às vezes, afundas
em teu fosso de silêncio,
em teu abismo de orgulhosa cólera,
e mal consegues
voltar, trazendo restos
do que achaste
pelas profunduras da tua existência.
(Pablo Neruda)

" Ficar com raiva pode ajudar quando não se sabe o que fazer com tanta tristeza."
(Cornelia Funkein in Coração de Tinta)

Primeiro volume da saga "Casa da Noite".
Zoey Redbird tem 16 anos e vive num mundo igual ao nosso, com uma única exceção: os vampiros não só existem como são tolerados. Os humanos que os vampiros “marcam” como especiais entram na Casa da Noite, uma escola onde vão transformar-se em vampiros ou, se o corpo rejeitar a transformação, morrer. Para Zoey, apesar do medo inicial, ser marcada é uma verdadeira bênção. É que ela nunca encaixou-se no mundo normal e sempre sentiu que estava destinada a algo mais. Mas mesmo na nova escola a jovem sente-se diferente dos outros: é que a marca que a Deusa Nyx lhe fez é especial, mostrando que os seus poderes são muito fortes para alguém tão jovem. Na Escola da Noite, Zoey acaba por encontrar amizade e amor, mas também mentira e inveja. Afinal, nem tudo está bem no mundo dos vampiros e os problemas que pensava ter deixado para trás não se comparam aos desafios que tem pela frente.
O livro mistura vampiros com os rituais pagãos antigos, existindo sacerdotisas da Deusa, me lembrando até coisas de quando li As Brumas de Avalon, gostei muito do livro, preferia sim, que a história envolvesse, sei lá, bruxas e não tivesse mistura de vampiros praticando essa arte pagã. Mesmo achando que estou sendo exigente com esse livro, acho que o mundo vampiresco não combina com as sacerdotisas. Foi uma viagem bem grande da autora, mas pretendo continuar na série, afinal adorei a personagem principal, os dilemas, a amizade que é mostrada de forma muito bonita e importante, o desenvolvimento dos personagens é muito bonito.

Bem...
Já comprei Traída, já li também, por isso tô fazendo o posto dos dois juntos.


Lá vai o resumo:



Zoey se estabelece na Morada da Noite. Finalmente sente-se incluída e aprende a controlar os seus poderes. Agora ela supera novos desafios, luta contra a morte que se abate sobre adolescentes humanos e sobre a própria Morada da Noite e, de repente, percebe que seu coração e sua alma acabam de ser partidos por uma grande traição.

Zoey quer mudar as Filhas das Trevas dando novas regras e diretrizes. Quer que todas sejam exemplos a serem seguidos, que façam o que é certo e jurem lealdade aos 5 elementos.
Algumas surpresas, tristezas e perdas fazem com que Zoey amadureça e se fortaleça ainda mais. E se encaminhe para ser uma grande vampira sacerdotisa.
Continuo não gostando do fato dessa série misturar os rituais pagãos com vampiros, mas apesar disso me encontro carimbada pela série.

Por tudo que sou



"O que vou fazer?
Me desesperar,
me envergonhar,
querer voltar atras?
Prefiro me divertir,
encarar com senso de realismo que mudei,
e saber que os que me amam continuam me amando apesar de tudo - ou por causa de tudo.

(Lya Luft in Perdas e Ganhos)


"O homem é corda estendida entre o animal e o Super−homem: uma corda sobre um abismo; perigosa travessia, perigoso caminhar;
perigoso olhar para trás, perigoso tremer e parar. O que é de grande valor no homem é ele ser uma ponte e não um fim;
o que se pode amar no homem é ele ser uma passagem e um acabamento."

(Nietzsche in Assim Falou Zaratustra )

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Tolice

Lá vou eu de novo
feito um tolo
Procurar o desconsolo
Que eu cansei de conhecer
Novos dias tristes, noites claras
Versos cartas, minha cara
Ainda volto a lhe escrever
Pra lhe dizer que isso é pecado

(Tom Jobim e Chico Buarque in Retrato em Branco e Preto)


Outra indicação de livro, terminei de ler essa semana o primeiro da série Millennium, são três livros:

Livro 1: Os homens que não amavam as Mulheres
Livro 2: A menina que brincava com fogo
Livro 3: A rainha do castelo de ar



É uma história de investigação, de jornalismo. Adorei o primeiro, realmente tem aquela investigação que segura você do começo ao fim, você não consegue parar de tanta curiosidade pra saber o final, que, por sinal é surpreendente. Comprei os outros dois e estou só esperando chegar pra começar a leitura!

Resenha pra dar um gostinho do livro:

Vem da Suécia um dos maiores êxitos no gênero de mistério dos últimos anos: a trilogia Millennium - da qual este romance, Os homens que não amavam as mulheres, é o primeiro volume. Seu autor, Stieg Larsson, jornalista e ativista político muito respeitado na Suécia, morreu subitamente em 2004, aos cinqüenta anos, vítima de enfarte, e não pôde desfrutar do sucesso estrondoso de sua obra. Seus livros não só alcançaram o topo das vendas nos países em que foram lançados (além da própria Suécia, onde uma em cada quatro pessoas leu pelo menos um exemplar da série, a Alemanha, a Noruega, a Itália, a Dinamarca, a França, a Espanha, a Itália, a Espanha e a Inglaterra), como receberam críticas entusiasmadas.O motivo do sucesso reside em vários fronts. Um deles é a forma original com que Larsson engendra a trama, fazendo-a percorrer variados aspectos da vida contemporânea, da ciranda financeira feita de corrupção à invasão de privacidade, da violência sexual contra as mulheres aos movimentos neofascistas e ao abuso de poder de uma maneira geral. Outro é a criação de personagens extremamente bem construídos e originais, como a jovem e genial hacker Lisbeth Salander, magérrima, com o corpo repleto de piercings e tatuagens e comportamento que beira a delinqüência. O terceiro é a maestria em conduzir a narrativa, repleta de suspense da primeira à última página. Os homens que não amavam as mulheres é um enigma a portas fechadas - passa-se na circunvizinhança de uma ilha. Em 1966, Harriet Vanger, jovem herdeira de um império industrial, some sem deixar vestígios. No dia de seu desaparecimento, fechara-se o acesso à ilha onde ela e diversos membros de sua extensa família se encontravam. Desde então, a cada ano, Henrik Vanger, o velho patriarca do clã, recebe uma flor emoldurada - o mesmo presente que Harriet lhe dava, até desaparecer. Ou ser morta. Pois Henrik está convencido de que ela foi assassinada. E que um Vanger a matou.Quase quarenta anos depois o industrial contrata o jornalista Mikael Blomkvist para conduzir uma investigação particular. Mikael, que acabara de ser condenado por difamação contra o financista Wennerström, preocupa-se com a crise de credibilidade que atinge sua revista, a Millennium. Henrik lhe oferece proteção para a Millennium e provas contra Wennerström, se o jornalista consentir em investigar o assassinato de Harriet. Mikael descobre que suas inquirições não são bem-vindas pela família Vanger. E que muitos querem vê-lo pelas costas. De preferência, morto. Com o auxílio de Lisbeth Salander, que conta com uma mente infatigável para a busca de dados - de preferência, os mais sórdidos -, ele logo percebe que a trilha de segredos e perversidades do clã industrial recua até muito antes do desaparecimento ou morte de Harriet. E segue até muito depois.... até um momento presente, desconfortavelmente presente.


Andei lendo uns livros e um que me marcou, pois gostei bastante foi o da Série da Autora Richelle Mead, no Brasil lançado o primeiro livro com o nome de O beijo das sombras! Ah e se vocês forem procurar, vão ver que esse título seria dado ao terceiro livro da série já lançado nos Estados Unidos, que seriam:

Vampire Academy (Vampire Academy, livro 1)
Frostbite (Vampire Academy, livro 2)
Shadow Kiss (Vampire Academy, livro 3) OBS: que tem o título O beijo das sombras

Mas não se preocupem, trocaram os títulos, não sei porque, mas o nosso O beijo das sombras, corresponde ao Vampire Academy deles e pra ser bem sincera, no começo eu não gostei, não estava entendendo nada, a autora vai jogando a história sem explicar muito, mas depois peguei o jeito e adorei, adorei mesmo! Tô louca que lancem os outros, o que tá demorando bastante, acho que vou ler em inglês mesmo!

Bom, pra quem gosta de sagas vampirescas, essa ótima e adolescente, estilo a saga crepúsculo?
Além de ter incomum os vampiros, acredito que não. Richelle Mead cria um mundo totalmente diferente, hierárquico, sei lá, as classes de vampiros e suas panelinhas (risos)
Sério, não tô conseguindo descrever aqui, bom, vou colocar uma resenha aí do livro, quem quiser se aventurar a ler, não irá se arrepender.

Lissa Dragomir é uma adolescente especial, por várias razões: ela é a princesa de uma família real muito importante na sociedade de vampiros conhecidos como Moroi. Por causa desse status, Lissa atrai a amizade dos alunos Moroi mais populares na escola em que estuda, a São Vladimir. Sua melhor amiga, no entanto, não carrega consigo o mesmo prestígio: meio vampira, meio humana, Rose Hathaway é uma dampira cuja missão é se tornar uma guardiã e proteger Lissa dos Strigoi - os poderosos vampiros que se corromperam e precisam do sangue Moroi para manter sua imortalidade. Pressentindo que algo muito ruim vai acontecer com Lissa se continuarem na São Vladimir, Rose decide que elas devem fugir dali e viver escondidas entre os humanos. O risco de um ataque dos Strigoi é maior, mas elas passam dois anos assim, aparentemente a salvo, até finalmente serem capturadas e trazidas de volta pelos guardiões da escola. Mas isso é só o começo. Em O beijo das sombras, Lissa e Rose retomam não apenas a rotina de estudos na São Vladimir como também o convívio com a fútil hierarquia estudantil, dividida entre aqueles que pertencem e os que não pertencem às famílias reais de vampiros. São obrigadas a relembrar as causas de sua fuga e a enfrentar suas temíveis consequências. E, quem sabe, poderão encontrar um par romântico aqui e outro ali. Mais importante, Rose descobre por que Lissa é assim tão especial: que poderes se escondem por trás de seu doce e inocente olhar?Richelle Mead dá uma nova face à literatura vampiresca com este romance: mais ácida, apimentada e inteligente do que nunca, a saga dos Moroi e seus guardiões surpreende pelas reviravoltas e pela ousadia desses cativantes personagens.


Gente, chegou nas livrarias!!!
Já comprei, já li!
Muuuuuiiito bom!


Resenha:


Nesse terceiro livro da série, um chamado do amigo Grover deixa Percy a postos para mais uma missão: dois novos meios-sangues foram encontrados, e sua ascendência ainda é desconhecida. Como sempre, Percy sabe que precisará contar com o poder de seus aliados heróis, com sua leal espada Contracorrente… e com uma caroninha da mãe. O que eles ainda não sabem é que os jovens descobertos não são os únicos em perigo: Cronos, o Senhor dos Titãs, arquitetou um de seus planos mais traiçoeiros, e os meios-sangues estarão frente a frente com o maior desafio de suas vidas: A Maldição do Titã. Recheado de aventura, ação, humor em um ritmo frenético, o livro encaminha a série para seus momentos finais (infelizmente… ).


Diálogo retirado da série Ghost Whisperer, entre Melinda (que é casada) e Kyle, um ex-namorado:


Melinda: Não pode fazer isso com minha casa! Kyle, tem de parar de fazer isto, certo?
Não pode apagar o Jim destruindo tudo que ele possui.

Kyle: É óbvio que um de nós tem de partir e não serei eu. Não desta vez.

Melinda: Jim não vai a lugar nenhum.

Kyle: Eu te amo, MElinda.

Melinda: Não tem idéia do que é amor.

Kyle: Estou aqui, ele não, já é um bom começo.

Melinda: Ele não está aqui por que me ama.
Pedi que me desse espaço e ele me deu.

Kyle: Sim, como é que isso é amor?

Melinda: É parte dele.
Não é a parte dos catões, sol poente e flores.
Isso é fácil! Não é realidade.
Amar é fazer o que não quer fazer, o que te deixa chateado, o que faz mesmo sem que te peçam.
É ter um amigo e saber quando calar.
Não posso te falar o que é amor. Só posso falar o que não é e isso aqui não é.

(Ghost Whisperer - 2.02)

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