quinta-feira, 29 de outubro de 2015

"O maior erro de noventa e nove por cento das pessoas 
é ter vergonha de serem quem são,
é mentir a esse respeito,
fingindo ser alguém diferente.

[J.K. Rowling in Morte Súbita]
Img: Sandra Oh in Grey's Anatomy

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

"Seja verdadeiro com você mesmo. Mas isso é algo que todos falam e ninguém faz. Ninguém quer que você seja você mesmo. Eles querem que você seja a versão de si mesmo que eles gostam."

[The Young Elites]

"Ninguém realmente se parece por fora com o que é de fato por dentro. Nem você. Nem eu. As pessoas são muito mais complicadas que isso. É assim com todo mundo." 

[Neil Gaiman in O Oceano no Fim do mundo]
img: James Marsters e Anthony Stewart Head in Buffy A Caça Vampiros - 4ª temporada

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Amar demais


"Amar demais é amar. É estar amando um pouco mais do que ontem e um pouco mais do que hoje e um pouco mais porque a memória se espalha na imaginação e o desejo não tem cura.
Não existe amor demais, existe amor de menos, existe desamor.
Não existe amor demais, existe amor necessário, amor essencial, amor crescendo.
Não existe amor demais, existe amor e ponto. Amor com sua lógica incoerente, seu pulmão de coração, sua febre ansiosa.
Amar demais é amar sofrendo como todos que amam. É amar inseguro como todos que amam. É amar desconhecendo as fronteiras como todos que caminham com a boca.
Amar não tem régua de abraço, não tem bafômetro de beijo. Não há como dizer que um ama mais do que o outro, ou que um ama pelo outro.
Os amores se misturam quando se ama. Os amores não param de se transferir. Os amores não cessam de recomeçar.
O amor é uma saudade que não se contenta em chegar. É — ao mesmo tempo — o medo de não ser mais ninguém e a alegria de ser tudo.
O amor não é um gesto isolado, impreciso, parado. É um gesto contínuo.
Amor é velocidade. Não conheço jeito de fotografar o amor, e definir: — Este é o seu tamanho!
Amor é desobediência. Não conheço jeito de estancar o amor, e declarar: — Este é o seu limite!
Amar demais é amar correndo com o batimento. É jurar que o mundo vai terminar se o amor terminar. É querer morrer de tanto viver. É nascer brigando e dormir beijando.
É amor, e deu, não inventaram modo mais calmo, versão reduzida, plano controlado.
Amor é uma paz ensandecida, uma guerra calma, uma curiosidade insaciável.
Amar demais não deveria assustar. É como impor cor ao crepúsculo, intimidar a mancha luminosa da lua, censurar um pássaro no alvorecer, trancar o rebanho de estrelas no estábulo de uma nuvem.
Amar demais é querer mais do mesmo amor, é se fartar e sempre faltar, é encontrar procurando, é achar se perdendo, é abençoar amaldiçoando.
Amar demais não tem uma imagem tranquilizadora, um objetivo, uma linha de chegada.
Amar demais não tem controle, pedágio, fiscalização. É realmente assustador. É realmente terrível.
Amar é demonstrar e não se contentar, é repetir e ainda ser inédito, é se arrepender já em pensamento.
Amar é escolher e não se acomodar, é cumprimentar uma vez e jamais se despedir.
Não há amor errado, mas amor aprendendo.
Não há amor demais. É amar como nunca antes. É amar transbordando vento e virando caminho.
Amar demais é amar. Será doação, entrega, não se controla o que foi oferecido, não se cobra de volta.
Se alguém diz que você ama demais, peça uma carta de recomendação."


[Fabrício Carpinejar]

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