terça-feira, 24 de junho de 2008

Minha vida


Já perdoei erros quase imperdoáveis, tentei substituir pessoas insubstituíveis e esquecer pessoas inesquecíveis.
Já fiz coisas por impulso, já me decepcionei com pessoas quando nunca pensei me decepcionar, mas também decepcionei alguém.
Já abracei pra proteger, já dei risada quando não podia, fiz amigos eternos, amei e fui amado, mas também já fui rejeitado, fui amado e não amei.
Já gritei e pulei de tanta felicidade, já vivi de amor e fiz juras eternas,“quebrei a cara muitas vezes”!
Já chorei ouvindo música e vendo fotos, já liguei só para escutar uma voz, me apaixonei por um sorriso, já pensei que fosse morrer de tanta saudade e tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo).
Mas vivi, e ainda vivo! Não passo pela vida…E você também não deveria passar!
Viva!
Bom mesmo é ir à luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é “muito” pra ser insignificante. (Autor desconhecido)

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Vai


"Se o amor leva à felicidade,
se leva à morte,
se leva a algum destino.
Se te leva.
E se vai, ele mesmo…
Não faças de ti,
um sonho a realizar.
Vai".

(Cecília Meireles)

Respeito

"Nós não temos nada entre nós além de, talvez, respeito. 
E eu acho que respeito tem espaço para segredos. 
Mas não para mentiras."  (Jaime Frasier)


[Diana Gabaldon in A viajante do Tempo - OUtlander]

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Das bençãos

Duas coisas não podem ocupar o mesmo lugar ao mesmo tempo.
Num espaço ocupado pela amargura e pelo medo, as bênçãos não conseguem entrar. Mesmo que elas batam na porta, e mostrem a luz que carregam com elas, a porta não se abre.
A alma precisa estar limpa, para que as bênçãos se manifestem.
Por isso é preciso lavar a alma com esperança. Neste processo, nós nos lembraremos de velhas tristezas, e sofreremos de novo a mesma coisa - mas sabemos que as bênçãos estão chegando.
E um dos principais poderes das bênçãos é a capacidade de curar a dor.
Uma alma limpa é aquela que, apesar de tudo, não está conformada com a situação atual. Uma alma limpa é uma alma corajosa, que - mesmo lutando contra as trevas, deseja encontrar a luz.
(Paulo Coelho)

Encontro

E eis que depois de uma tarde de “quem sou eu”
e de acordar à uma da madrugada
ainda em desespero – eis que às três horas da madrugada
acordei e me encontrei.
Fui ao encontro de mim.
Calma, alegre, plenitude sem fulminação.
Simplesmente eu sou eu.
E você é você.
É vasto, vai durar.

(Clarice Lispector, in “Água Viva”)

"...quando a estrada fica interrompida, o desvio pode ser interessante..."
(Martha Medeiros)

Desassossego

(...) Quantas vezes, sob o peso de um tédio que parece ser loucura, ou de uma angústia que parece passar além dela, paro, hesitante, antes que me revolte, hesito, parando, antes que me divinize. Dor de não saber o que é o mistério do mundo, dor de nos não amarem, dor de serem injustos conosco, dor de pesar a vida sobre nós, sufocando e prendendo, dor de dentes, dor de sapatos apertados – quem pode dizer qual é a maior em si mesmo, quanto mais nos outros, ou na generalidade dos que existem? (...) Escrevo isto sob a opressão de um tédio que parece não caber em mim, ou precisar de mais que da minha alma para ter onde estar; de uma opressão de todos e de tudo que me estrangula e desvaira; de um sentimento físico da incompreensão alheia que me perturba e esmaga. Mas ergo a cabeça para o céu azul alheio, exponho a face ao vento inconscientemente fresco, baixo as pálpebras depois de ter visto, esqueço a face depois de ter sentido. Não fico melhor, mas fico diferente. Ver-me liberta-me de mim. Quase sorrio, não porque me compreenda, mas porque, tendo-me tornado outro, me deixei de poder compreender. No alto do céu, como um nada visível, uma nuvem pequeníssima é um esquecimento branco do universo inteiro.

(Fernando Pessoa sob pseudônimo de Bernardo Soares, em o Livro Do Desassossego)

Equilíbrio



"Ser equilibrada é uma luta diária, que para a minha felicidade, e por uma vida menos ordinária, na maioria das vezes é uma luta em vão.

(...)

Não sei, não sei muito de mim, sei das sensações que tenho quando decido experimentar o que tira o meu raciocínio, mesmo porque é só o que resta fazer quando não se pensa, só se sente, às vezes muito. E eu sinto muito, por tudo. Tudo sempre tão intenso que termina em arrependimento. Sensações de poder, de asas, de conquista do mundo.

(...)

É tudo natural, eu sou assim, a vida é demais para mim, o que eu posso fazer? Para relaxar eu grito, choro, ouço música, converso. E eu confesso que eu tenho medo também, muito medo. Um puta medo de deixar de existir por alguns segundos, de curtir o mundo sendo outra pessoa. Alguém me viu por aí? Porque eu não sei aonde estou. Medo de me perder, de perder o controle, de perder a vergonha. O pouco que resta perder de tudo isso".

(Tati Bernardi in 'Munida de coragem assumo: nunca fumei maconha e nem fiquei bêbada')

nós


"Ele disse: não chore que chorar enfraquece.

Eu disse: mas às vezes é como a chuva que se precisa quando tem estiagem demais e tudo fica muito seco."

(Clarice Linspector)

?

"será que consigo me entregar ao expectante silêncio que se segue a uma pergunta sem resposta? "
(Clarice Linspector)



Anda em mim, soturnamente,
uma tristeza ociosa,
sem objetivo, latente, vaga,
indecisa, medrosa.

Como ave torva e sem rumo,
ondula, vagueia,
oscila e sobe em nuvens de fumo
e na minh`alma se asila.

Uma tristeza que eu, mudo,
fico nela meditando
e meditando, por tudo
e em toda a parte sonhando.
Tristeza de não sei donde,
de não sei quando nem como...
flor mortal, que dentro esconde
sementes de um mago pomo.

Dessas tristezas incertas,
esparsas, indefinidas...
como almas vagas, desertas
no rumo eterno das vidas.

Tristeza sem causa forte,
diversa de outras tristezas,
nem da vida nem da morte
gerada nas correntezas...

Tristeza de outros espaços,
de outros céus, de outras esferas,
de outros límpidos abraços,
de outras castas primaveras.

Dessas tristezas que vagam
com volúpias tão sombrias
que as nossas almas alagam
de estranhas melancolias.

Dessas tristezas sem fundo,
sem origens prolongadas,
sem saudades deste mundo,
sem noites, sem alvoradas.

Que principiam no sonho
e acabam na Realidade,
através do mar tristonho
desta absurda Imensidade.
Certa tristeza indizível,
abstrata, como se fosse
a grande alma do Sensível
magoada, mística, doce.

Ah! tristeza imponderável,
abismo, mistério, aflito,
torturante, formidável...
ah! tristeza do Infinito!

(Cruz e Sousa)



Eu não quero pensar em você
Pensar em mim
Não quero entender isso
Eu não quero pensar em você
Ou pensar em nada
Não quero discutir sobre isso
Não vou deixar você me por pra baixo
                                         Porque eu sei
Eu não quero pensar em você
(Simple Plan)

MAIS UMA DE AMOR

Que algumas pessoas não acreditem que o homem esteve mesmo na lua, dá até pra entender, mas tem gente que não acredita em amor, e isso é imperdoável. Podemos não acreditar no que nossos olhos vêem, mas não podemos desacreditar no que sentimos. Você já ficou com a boca seca diante de uma pessoa? Já teve receio de ela estar ouvindo as batidas do seu coração? Bem, isso tudo não é prova de amor, apenas de ansiedade. Amor é outra coisa.
Amor é quando você acha que a pessoa com quem você se relacionava era egoísta, possessiva e infantilóide e isso não reduz em nada a sua saudade, não impede que a coisa que você mais gostaria neste instante é de estar tocando os cabelos daquela egoísta, possessiva e infantilóide.
Amor é quando você não compreende direito algumas coisas, mesmo tendo o QI mais elevado da turma, mesmo dominando o pensamento de Sócrates, Plutão e Nietzche. Perguntas simples ficam sem resposta, como por exemplo: como é que eu, sendo tão boa gente, tão honesto e com um coração tão grande, não consigo fazê-la perceber que ela seria a pessoa mais feliz do mundo ao meu lado?
Amor é quando você passa dias sem ver quem você ama, depois passam-se meses, e aí você conhece outra pessoa e passam-se décadas, e você já nem lembra mais do passado, e um dia qualquer de um ano qualquer você se olha no espelho e pensa: como é que eu consegui enganar a mim mesmo durante todo esse tempo?
Amor é quando você sente que seria capaz de amarrar o cadarço de um tênis com uma única mão ou de fazer a chuva parar só com a força do pensamento caso a pessoa que você ama lhe mandasse um sim deste tamanho.
Amor é quando você sabe tintim por tintim as razões que impedem o seu relacionamento de dar certo, é quando você tem certeza de que seriam muito infelizes juntos, é quando você não tem a menor esperança de um milagre acontecer, e essa sensatez toda não impede de fazê-lo chorar escondido quando ouve uma música careta que lembra os seus 14 anos, quando você acreditava em milagres.
Tudo isso pode parecer uma grande dor, mas é uma grande dádiva, porque a existência do amor está toda hora sendo lembrada. Dor é quando a gente está numa relação tão fácil, tão automática, tão prática e funcional que a gente até esquece que também é amor. (Martha Medeiros)



N(AMOR)ADA


Cessem os ruídos das máquinas, os estampidos das armas, neste século da tecnologia, para um dia se falar de amor. Hoje quero romantismo "Quero de volta a primeira estrela que vier para enfeitar a noite de meu bem". Foi pelas estrelas mesmo que tudo começou. Esse piscar de olhos dentro da noite universal! E a mesma resposta da outra estrela defronte! E cada um em sua órbita, na dança que hoje as aves repetem quando desejam o amor. Uma força uniu o pó das galáxias, e o universo aconteceu. A mesma força casou prótons e nêutrons no coração dos átomos. Ela mesma casou átomos em moléculas, e estas em células. A mesma força que no mundo faz as pedras unidas - o amor. Ao sopro do vento o pólen casa as flores. E no embalo de gorjeio, as aves se casam também. Desde as origens da vida, todo ser espera o primeiro carinho para poder existir. É o amor precedendo a existência. Quem de algum modo não foi desejado, não conseguiu nascer. E daí em diante toda a vida é encontro, desde o do esperma e do óvulo na fecundação. Do amor-encontro surge a mãe gestante, o primeiro berço da vida. Ela é toda inteira uma canção de ninar, para um sono de nove meses. A gente pensa que primeiro existe e depois é amado. Primeiro ama e depois tem saudade. Já disse que o amor precede a existência. E a saudade precede o amor. A gente já nasce inimiga da solidão, com vontade de um encontro, com saudade de quem nunca viu. Fizemos telefones e correios para encurtar as distâncias, repetindo a façanha das estrelas flertando no correio de anos-luz. E foi por essa saudade congênita que fizemos estradas também. Toda estrela parece que espera por alguém que nunca vem. Adolescentes de todas as idades, aprendam uma vez mais que nem o noivado, nem o casamento são mais importantes que o namoro. Case quando quiser, mas namore a vida inteira. Nada mais fúnebre do que o casamento dos que não se namoram mais. Se a gente tira o amor da namorada, o que é que fica? Nada! exatamente como se escreve: n(amor)ada. (F. Pereira Nóbrega)

quarta-feira, 11 de junho de 2008

"Não me mande coisas assim raivosas.
Eu não tenho anticorpos para esse tipo de coisa"

(Caio Fernando Abreu)



Se você, se você pudesse voltar

Não deixar isso queimar, não deixar desaparecer
Tenho certeza que não estou sendo rude
Mas é só sua atitude
Está me fazendo em pedaços
Está arruinando tudo

Eu jurei, eu jurei que seria sincera
E, querido, você também
Então, porque estava segurando a mão dela?
É desse jeito que nós ficamos?
Você estava mentindo o tempo todo?
Isso foi só um jogo pra você?

Mas eu estou tão envolvida
Você sabe, eu sou uma tola por você
Você me tem entre seus dedos

Você tem que deixar isso se prolongar?
Você tem que, você tem que
Você tem que deixar isso se prolongar?
Oh, eu pensei no seu mundo
Eu achei que nada poderia dar errado
Mas a errada era eu, eu estava errada
Se você, se você pudesse ficar
Tentando não mentir
As coisas não seriam tão confusas
E eu não me sentiria tão usada
Mas você realmente sempre soube

Eu só quero ficar com você
E eu estou tão envolvida
Você sabe, eu sou uma tola por você
Você me tem entre seus dedos
Você tem que deixar isso se prolongar?
Você tem que, você tem que
Você tem que deixar isso se prolongar?
E eu estou tão envolvida
Você sabe, eu sou uma tola por você
Você me tem entre seus dedos
Você tem que deixar isso se prolongar?



Nada mais

Não te tocar, não pedir um abraço, não pedir ajuda, não dizer que estou ferido, que quase morri, não dizer nada, fechar os olhos, ouvir o barulho do mar, fingindo dormir, que tudo está bem, os hematomas no plexo solar, o coração rasgado, tudo bem”. (Caio Fernando Abreu in Pedras de Calcutá)

Foto: Kirsten Dunst

terça-feira, 10 de junho de 2008

De dentro

 
Já gastei metade do meu tempo, metade da minha disposição, metade das minhas esperanças e da minha fé pra chegar até aqui. E na falta de alguma coisa pra mim, eu peço desesperadamente para que eu não me arrependa, para que eu não queira esquecer as minhas palavras, assim como já fiz com as canções e as cartas. Como tentei fazer com as canções e as cartas.E pra passar o tempo, eu tenho livros velhos na prateleira, filmes ruins na sala e convites que eu não vou atender. Era tão necessário? Eu entendi errado a minha agonia? Não que eu queira uma explicação, eu não quero! Eu quero uma palavra, uma frase, alguma coisa que eu escute ou leia ou pense. Alguma coisa que venha dar sentido a tudo que eu já fiz, e explicação convincente a tudo que eu sonho. Alguma coisa que não faça eu parecer tão pequena diante de tudo que eu, voluntariamente construí pra você.



"Ninguém gosta de perder o controle

(...)

É um sinal de fraqueza.
de não estar a altura.

Ainda assim, há momentos em que tudo escapa ao seu controle. Quando o mundo pára de girar.

Não importa quanto tente evitar, você termina caindo.

E é apavorante.

Exceto, se é que existe alguma coisa boa em cair, pela chance que você dá aos seus amigos de te segurarem.

(Grey's Anatomy)

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Para o Zé



Eu te amo,
homem, hoje como toda vida quis
e não sabia,
eu que já amava de extremoso amor.
(...)

Divago,
quando o que quero é só dizerte amo.
Teço as curvas,
as mistas e as quebradas,
industriosa como abelha,
alegrinha como florinha amarela,
desejando as finuras, violoncelo, violino, menestres
e fazendo o que sei, o ouvido no teu peito
para escutar o que bate.
Eu te amo, homem,
amoo teu coração,
o que é, a carne de que é feito,
amo sua matéria, fauna e flora,
seu poder de perecer,
as aparas de tuas unhas perdidas nas casas que habitamos,
os fios de tua barba.
Esmero.
Pego tua mão, me afasto, viajo pra ter saudade...
Aprendo.
Te aprendo, homem.
O que a memória ama fica eterno.
Te amo com a memória, imperecível.
Te alinho junto das coisas que falam uma coisa só: Deus é amor.
Você me espicaça como o desenho do peixe na guarnição de cozinha,
você me guarnece, tira de mim o ar desnudo,
me faz bonita de olhar-me,
me dá uma tarefa, me emprega, me dá um filho, enche minhas mãos.

(...)

Assim te amo
do modo mais natural,vero-romântico,
homem meu, particular
homem universal.
Tudo o que não é mulher está em ti,
maravilha.
Como grande senhora vou te amar,
os alvos linhos, a luz na cabeceira, o abajur de prata;
como criada ama, vou te amar,
o delicioso amor:com água tépida, toalha seca e sabonete cheiroso,
me abaixo e lavo teus pés,o dorso e a planta deles eu beijo.

(Trechos do Poema “Para o Zé” de Adélia Prado)

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Sonho


Sabe qual é meu sonho secreto? Que um dia você perceba que poderia ter aproveitado melhor a minha companhia. Que um dia imagine o quanto teria sido ótimo estar ao meu lado, mesmo quando eu estava gripada. No entanto, sei que você está a cada dia que passa mais longe. E eu me limito a me surpreender com as circunstâncias da vida. Que me levaram a viver esse papel: o da mulher que quer mais um pouquinho. Constrange-me existir nesse personagem Chico Buarque, dolorida, bonita sendo assim, meio tonta, meio insistente, até meio chata. Nunca precisei aborrecer ninguém antes, então atuo por instinto, cansando-me facilmente. E que fique claro que não é por estar você dessa forma, pessoa tão esquiva, que desejo tanto. Desejo porque desejo. Estúpida. Latina. Bethânia. Ainda creio que você, quando eu menos esperar, possa me chegar com um verso em atitude. "

(Fernanda Young)

Mudança



"Ocorreu uma mudança durante essas últimas semanas. Mas onde?
É uma mudança abstrata que não se fixa em nada.
Fui eu que mudei?
Se não fui eu, então foi esse quarto,
essa cidade, essa natureza;
é preciso decidir."

(Sartre, in A Náusea)

Dar-se

 
Ninguém sabe o ponto certo de se doar e quanto vale a pena. É verdade... Às vezes, não vale. A gente se dá sem querer nada em troca. Por quanto tempo conseguimos encher copos de água para o outro enquanto morremos de sede? Não será essa atitude uma maneira de simplesmente alimentar o egoísmo do outro? É cômodo apenas receber...

(Débora Böttcher)


Vi o meu sentido confundido, iluminado
Vi o sol enluarar, quando viu você

(…)

Mas sei que o meu coração
Tá batendo mais forte
Porque você chegou

(Vander Lee)

Foto: Jude Law e Norah Jones in  Um beijo Roubado

terça-feira, 3 de junho de 2008

Riqueza

"Rico só é o homem que aprendeu piedoso e humilde a conviver com o tempo. Aproximando-se dele com ternura. Não se rebelando contra o seu curso. Brindando-o antes com sabedoria para receber dele os favores e não sua ira. O equilíbrio da vida está, essencialmente, nesse bem supremo. E quem souber, com acerto, a quantidade de pesar ou a de espera que se deve pôr nas coisas... não corre nunca o risco, ao buscar por elas, de defrontar-se com o que não é. Pois só é justo, à medida do tempo, dar a justa natureza das coisas." (Raduan Nassar)

Acredito muito nisso!

Gostaria muito de seguir...

Poeta

 

"um bom poeta pode fazer uma alma despedaçada voar."

(charles bukowski)




Dá uma olhada nos arquivos,
de fevereiro até junho...
Tem muita coisa boa...

"E talvez seja apenas isso:
Chovendo por dentro
Impossível por fora

[...]

Como é que a gente pode ser tanta coisa indefinível
Tanta coisa diferente."
(Lobão)

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Não vai ser uma carta de amor, eu não escreveria uma carta de amor, não pra ti, apenas por falta de amor. isso é um agradecimento mesmo, talvez estranho e indigno, mas é um agradecimento. por eu ter aprendido contigo que se sente muito por alguém, que saudade é uma coisa que passa - uma dia passa -, que amor –sendo amor- um dia deixa de ser tão lembrado e também não dura pra sempre, que falar tudo é bom e também é nada, e que se ganha mais sendo louco do que ficando em casa.e no meio de tudo isso, talvez eu lembre de junho todos os anos, ou talvez daqui a 10 anos eu esqueça, ou talvez eu nem me esforçe pra lembrar ou pra esquecer. talvez eu lembre de ti, assim pura e simplesmente, talvez eu lembre de quanto tempo faria se agora dia 20 desse mês eu ainda tivesse tempo pra contar. besteira minha. e de repente, erroneamente, lá vem de novo aquela vontade - absurda, eu sei - de discar o número que eu ainda sei de cor, ou de ligar só pra saber se o número ainda é o mesmo, de só ouvir tua voz de novo, de falar contigo mais uma vez, sei lá pra quê. mas não, eu não ligaria pra ti, que hora foi mesmo que isso passou pela minha cabeça?! não tem necessidade, tu falarias as mesmas coisas, brincaria as mesmas brincadeiras (isso se brincasse), riria pelos mesmos motivos (isso se risse).e por mais que não tenha dado certo nada do que eu planejei, por mais que tu mesmo tenhas apagado o homem bom que eu tinha desenhado descontroladamente, por mais que eu tenha te dado muito mais do que tu merecias, por todos os ‘por mais’ que existem, eu tenho que agradecer, obrigada! eu não seria de alguma forma o que eu sou hoje se não fosse por ti, não sei como, mas é verdade! e caso ainda reste alguma dúvida, eu cresci, não me apaixonei perdidamente por ti outra vez, não te liguei meses depois, nem fui na tua casa escondida de novo, atendendo à um pedido teu eu fui pra frente, e incrivelmente, eu ainda não te encontrei por aqui. e espero que continue assim.o fato de eu achar que devo e que não tenho como evitar lembrar disso pra sempre é uma droga, eu queria esquecer daqueles últimos dias e ficar só com aquele tempo em que não existia nada e eu era cheia de ti.mas não se sinta ainda tão amado, não és! de qualquer forma, eu vou casar, amar meu marido, ter meus filhos, ver meus netos, envelhecer e ainda vou lembrar de ti! lembrar de quem me colocou na linha, de quem me ensinou a ser mais do que eu era...o fato é que eu não aprendi da melhor forma e nem com o melhor 'professor', mas aprendi. e não preciso mais de ti, nem pra me 'amar', nem pra me sufocar, nem pra me desfazer, nem pra me dar lazer, pra nada! e por isso, obrigada!sério, meus sinceros agradecimentos!


Ontem eu fui dormir pensando em te deixar. Não sei qual dos erros dispostos a nós escolheste pra errar, mas ontem fui dormir com vontade de te deixar. Vontade de acordar hoje sem a tua lembrança, sem tuas ironias, sem teus pesares, sem teus sonhos e tuas pessoas, porra, eu só queria te deixar. Queria mesmo porque ontem em algum momento eu me vi do jeito que eu me veria se pudesse ver, entende? Ontem eu senti vontade de mandar você a merda, de falar que eu não lembro de droga nenhuma e que droga nenhuma me importa. Senti vontade de dizer que eu não acredito em nenhuma palavra que teus lábios de carne macia pronunciam. Ontem fui com vontade de te esquecer, de passar por essa sem ti ou de (quem me dera!) nem passar por essa. Ontem me perguntei que diabos estou eu fazendo aqui? Que pouca coisa eu quero? Caramba, ontem eu vi muita coisa. Cara, se tu pudesses enxergar seria lindo porque aí eu te mostraria como eu sou consciente, como eu acredito no realismo e no caminhar lógico das coisas, como eu vou fazer pra te deixar. Não que eu não queira ficar, sei lá, ontem eu só fui dormir com vontade de te deixar. Só. De acordar hoje e te ligar e te dizer que é pra você me esquecer, esquecer dos sóis que perdemos e que não vão mais aparecer, do tanto de gente que pagava pra nos ver. Vai, esquece. E vai me desculpar? Eu não quero não, ontem eu vi, e já te disse que seria extremamente lindo se tu pudesses ver também? Pois é. Queria que você visse porque aí apertaríamos as mãos e acenaríamos como bons canalhas fazem prometendo não fazer guerra. Como só os bons de guerra fazem. E seria lindo, muita coisa seria linda. Eu vou aí contigo, mas, olha, eu tenho que te dizer e você precisa mesmo saber que ontem eu pensei em te deixar. E hoje eu não sei mais.

Eu mesma



Eu mesma
Não passo de uma pessoa apenas
e apenas quero ser uma pessoa sensata
mesmo com as trapaças das outras pessoas
Ora,
eu mesma
me passo pra trás.
(Martha Medeiros)

Diz quando?



Eu tinha uma tia que, sempre que ía te servir alguma coisa para beber, dizia: "Diz quando".

Minha tia dizia "diz quando" e nós, claro, nunca dizíamos.
Não dizemos "chega" porque há algo atraente na possibilidade de mais.
Mais tequila.
Mais amor.
Mais qualquer coisa.
Mais é melhor.
Há algo a ser dito sobre um copo cheio só pela metade.
Sobre saber quando dizer "basta".
Acho que é um limite controlável.
Um barômetro da necessidade e do desejo.
Isso compete a cada um e dependo do que esteja sendo servido.
Às vezes tudo que queremos é um gole.
Outras vezes, nada é suficiente.
O copo não tem fundo.
E tudo que queremos é mais.
(Grey's Anatomy)

(I've Had) The Time Of My Life
Tradução:

O melhor momento da minha vida
Sim, esta é a chance de minha vida
Jamais me senti assim
Sim, eu juro é verdade
E devo isto a você
Pois esta é a chance de minha vida
E devo isto a você
Há tempos espero
Hoje finalmente encontrei alguém
Que fique ao meu lado
Vimos tudo bem claro
Ao sentir esta fantasia mágica
Agora com paixão nos olhos
Não há como disfarçarsecretamente
Então nós damos as mãos pois hoje entendemos
Que é urgenteLembre-se apenas
É a única pessoa de quem nunca me canso
Então fique sabendo
Isto pode ser amor porque
Esta é a chance de minha vida
Jamais me senti assim
Sim eu juro é verdade
E devo isto a você
Com meu corpo e alma
Quero você bem mais perto do que você imagina
Por isso vamos nos soltar
Não tenha medo de perder o controle
Sim eu sei no que esta pensando
Quando diz: Fique comigo esta noite
Lembre-se apenas
É a única pessoa de quem nunca me canso
Então fique sabendo
Isto pode ser amor porque
Esta é a chance de minha vida
Jamais me senti assim
Sim eu juro é verdade
E devo isto a você
(Composição: Bill Medley E Jennifer Warnes)
Faz parte do filme Dirty Dancing - Ritmo quente, que já marcou e muito a minha vida?! Não nasci nos anos 70, pra ser adolescente na época de lançamento do filme (1987)...
Eu nasci em 1984! Mas, na época que assisti, eu tinha uns 13, ele marcou muito. Minha mãe achou até meio pesado pra minha idade! Mas, foi "O FILME". Eu assistia direto, aprendia a coreografia! Fiquei fã! Adoro as trilhas antigas...
Tudo se passa em 1963. Baby (Jennifer Grey), uma adolescente muito peculiar e idealista, vai passar as férias de Verão com a família, numa estância. Numa das noites sempre animadas do hotel, conhece o professor de dança Johnny Castle (Patrick Swayze) e a ligação entre os dois é imediata. Quando Baby se oferece para substituir o par de Johnny numa exibição, por entre os treinos e o convívio diário há uma aproximação cada vez maior e os dois acabam por se apaixonar. Assumem o seu amor mesmo contra a vontade da família dela, que não vê em Johnny o melhor partido. Estas férias, com muita dança à mistura, acabam por representar para Baby a sua passagem para a vida adulta.O filme mostrou passos de dança diferentes, inovadores e até provocantes (sem ultrapassar os limites), coreografias que abria o apetite para a dança, tudo isto acompanhado de uma espantosa banda sonora onde estão entre outros os míticos ‘She’s like the wind’, ‘Be my baby’, ‘Hungry Eyes’ e claro, a mais trauteada de todas que é a música tema do Blog esta semana.

Foto: Patrick Swayze e Jennifer Grey in Dirty Dancing - Dança Comigo

;;
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Sentimentos Soltos

Template by:
Free Blog Templates