quinta-feira, 24 de julho de 2008

Só, caminho

Entre tantas memórias
teimosas
a tua é que ficou,
caminho por estradas bifurcadas,
cercado pelos bambuzais,
o som melancólico
da árida brisa.
O caminho, sem fim,
sem pouso tranqüilo,
o faço
amparado por bengalas,
esperança e saudade.
Mas só resta a dor perene do fardo,
que nos ombros lanhados,
queima, não cicatriza.

(Ricardo Rayol)

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