segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
"Em tempos em que quase ninguém se olha nos olhos, em que a maioria das pessoas pouco se interessa pelo que não lhe diz respeito, só mesmo agradecendo àqueles que percebem nossas descrenças, indecisões, suspeitas, tudo o que nos paralisa, e gastam um pouco da sua energia conosco, insistindo." [Martha Medeiros]
Postado por Flor às 07:01
"Diferente é o que: chora onde outros xingam; quer, onde outros cansam;
espera, de onde já não vem; sonha, entre realistas; concretiza, entre sonhadores;
fala de leite em reunião de bêbados; cria, onde o hábito rotiniza;
perde horas em coisas que só ele sabe importantes;
diz sempre na hora de calar; cala sempre nas horas erradas;
fala de amor no meio da guerra; deixa o adversário fazer o gol
porque gosta mais de jogar que de ganhar; aprendeu a superar o riso,
o deboche, o escárnio e a consciência dolorosa de que a média é má porque é igual;
vê mais longe do que o consenso; sente antes dos demais começarem a perceber;
se emociona enquanto todos em torno agridem e gargalham."
[Artur da Távola]
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2 sentimentos:
Oi, Rebecca, boa noite!!
Martha fala desse tempo como se houvesse mesmo um tempo ou um lugar em que as pessoas sejam menos interessadas no destino alheio, na felicidade ou nos dramas do outro... Talvez... talvez o consumismo e o egoísmo estejam formando umnúmero significativamente maior de pessoas frias... Mas elas sempre existiram e sempre foram maioria. Está na cultura humana, cuidar demais do que é melhor para si e deixar para outra hora o semelhante... Contudo, sempre houve e sempre haverá (eu preciso crer nisso!) uma minoria que enxerga o semelhante em suas dores, ou valorisa seus risos... Sempre haverá (eu preciso crer nisso!) pessoas humanas o suficiente para não deixar a felicidade se transformar em simples posse. Enquanto houver essa minoria, a felicidade será sempre compartilhamento.
Um beijo carinhoso
Leo
Leo
Eu concordo com o que você disse e acredito que faço parte das pessoas que procuram enxergar o seu semelhante além das aparências e que valoriza o que realmente importa no outro. É preciso que não deixemos de acreditar e tentar sempre alcançar as pessoas, mesmo que nem todos pensem ou se importem, façamos nossa parte.
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