quinta-feira, 19 de abril de 2012

"No caminho onde o amor impera, existe uma felicidade guardada que ora se derrama, ora se dosa a conta-gotas quase que para provocar um receio. É que não estamos nunca de todo conquistados e até os laços mais eternos também têm suas fragilidades. E, ao mesmo tempo em que numa relação saudável podemos ser tão transparentes, há um pequeno mistério a ser constantemente desvendado. Como se em determinados momentos, tivéssemos que segurar o suspiro, ou guardar a frase de efeito para hora mais adequada. Como quando mesmo com muita vontade de dormir junto, tivéssemos que escolher a saudade pra valorizar aquele abraço. Amor assusta e dói, mesmo quando é só prazer. Toda possibilidade de passo contém em si a do tropeço. E é assim que a vida trama o inusitado para que a alegria não se esvazie na previsibilidade dos tempos. Não existe fórmula para que o amor dê certo, posto que tudo é tão dinâmico sempre.  Mas existem duas virtudes que suavizam quaisquer conflitos: a compreensão e a paciência. Compreender é um exercício de alteridade: você, ao invés de julgar, se coloca no lugar do outro numa passividade profunda até que haja sentido nas atitudes, pensamentos e argumentos dele. E a paciência que se precisa ter pra esperar os processos, o amanhecer, a chegada do fim da tarde pro reencontro. Paciência para esperar que todos os sentimentos se acomodem em meio a todo aquele amor desmesurado. Em meio a todo aquele medo de que tudo dê errado. Compreensão e paciência podem preencher o vazio mais maciço. E as duas provêm de uma sensibilidade lapidada. O que se ganha com isso, além de uma evolução mútua dentro de um relacionamento, é um melhoramento individual de ambas as partes. Estar com alguém sem transformar-se é esterilizar uma importante etapa de aprendizado.  Estar com alguém sem conhecer-se é subjugar o Universo que existe em cada um. Estar com alguém sem estar inteiro é minar a oportunidade mais especial de encontro. Não é preciso aceitar para compreender, nem estar passivo pra ser paciente. O que essas duas virtudes exigem é respeito: por si, pelo outro e pelo desenrolar dos fatos. Quando estamos UNOS com o TODO podemos perder o ritmo na Dança do Universo, mas permaneceremos sempre de mãos dadas.

[Marla de Queiroz]

5 sentimentos:

Tata Santos disse...

Marla de Queiroz é uma diva!!!!amor não tem manual de instruções, é um sentimento que é necessário sentir, sofrer, e aprender a conviver com ele.

bjss

Flor disse...

Ela arrasa!!!
bjus querida!!!

Mara Thiers disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Mara Thiers disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Mara Thiers disse...

Estou adoorando o seu blog. Muiito, muito legal!
Mesmo eu estando meio afastada do meu blog, quando puder, faça uma visitinha...

http://escrevendoumpoucomais.blogspot.com.br/

Abraço!

*Noossa... removi sem quere... rsrsr

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