sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Para se pensar:


Em um cenário futurista e apocalíptico, a América do Norte como conhecemos, não existe mais, agora ela se chama PANEM, uma nação formada originalmente por 13 DISTRITOS, que respondem unicamente ao poder centralizador e autoritário da CAPITAL. 

Os DISTRITOS são nomeados numericamente, e em ordem crescente contando a partir da CAPITAL. Dispostos em camadas, como uma célula, cada Distrito possui uma riqueza natural que o caracteriza e o obriga a abastecer, abundantemente seu núcleo, a CAPITAL, ainda que os próprios vivam na mais absoluta miséria.

Como regra básica em uma sociedade distópica, a Capital mantém um opressivo controle sobre os moradores de seus Distritos, onde a fome e privação de necessidades básicas, são levadas ao seu extremo. É diante desse governo, que o mais distante dos distritos, o Distrito 13, decidi se rebelar contra seu opressor. O resultado desse levante é a total extinção do Distrito 13.

Como retaliação ao ato de rebeldia e em memória ao Distrito dizimado, a Capital institui que anualmente haverá uma colheita, onde os 12 Distritos restantes oferecerá em TRIBUTO, um homem e uma mulher, com idades entre 12 e 18 anos, que irão para uma Arena, e em transmissão televisiva para toda a Panem, lutarão até que reste apenas um sobrevivente, um único vitorioso. Bem Vindo aos JOGOS VORAZES, e que a sorte esteja sempre em seu favor! 

O primeiro livro é fantástico, os detalhes da sociedade idealizada pela autora SUZANNE COLLINS, é de riqueza e preciosidade inigualável.

EM CHAMAS, o segundo livro da trilogia, me deixou um pouco apreensiva com o tema central da trama (óbvio que não o mencionarei), mas durou poucas páginas, Suzanne Collins emplaca o mesmo ritmo cativante e alucinante que a consagrou no primeiro livro.

A ESPERANÇA, para mim, é a "Obra Prima" da TRILOGIA JOGOS VORAZES, lá, as mazelas humanas são escancaradas em seu íntimo, mostrando as mais assustadoras e horrendas facetas do Poder e das artimanhas políticas. As duras críticas sociais do texto, deixa claro que Suzanne Collins é uma profunda conhecedora das privações impostas pela guerra e das consequências decorrentes a deterioração dos valores da sociedade.

Acabei de ler a série Jogos Vorazes e quase no final do terceiro livro 'A Esperança' um trecho me chamou a atenção e fiquei pensando, será que a humanidade é mesmo assim? 
Devido ao histórico de guerra e disputas pelo poder, tenho que me render a acreditar que sim, quem leu os livros vai entender melhor as atrocidades e destruições de vidas nele cometidas, vejamos o trecho:


“- Você está se preparando para mais uma guerra?
- Ah, não agora. Agora estamos naquele período tranquilo onde todo mundo concorda que os nossos horrores recentes jamais deveriam se repetir - diz ele. - Mas o pensamento em prol do coletivo normalmente possui vida curta. Somos seres volúveis e idiotas com uma péssima capacidade para lembrar das coisas e com uma enorme volúpia pela autodestruição.

[Suzanne Collins in A Esperança (Jogos Vorazes #3)]

É uma série muito real, apesar de se passar num futuro longe de como vivemos agora, as consequências são bem parecidas e reais, não muda muito do que acontece em tempos de guerra pelo poder.
Depois de muito tempo refletindo o que restou em mim foi esperança de que a humanidade está evoluindo em bondade e apesar de toda luta (e consequências) pelo poder, a humanidade possa dar valor ao que importa: vidas. 

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