quinta-feira, 29 de dezembro de 2016
O tempo não existe:
eu decreto assim.
Esses vultos esquivos
são rostos, são nomes,
são as horas felizes
(são o que foi embora?).
O tempo não existe:
tudo continua aqui,
e cresce
como uma árvore
pesada de frutos que são
máscaras, palavras, promessas,
bocas ferozes.
O tempo não existe:
tudo se resume ao instante.
O antes disso
é um rio que corre
mas não passa.
(Basta chamar:
é sempre agora)”.
[Lya Luft in O Tempo é um Rio que Corre]
Marcadores: Lya Luft
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