quarta-feira, 29 de outubro de 2008

De mãe pra filha

 
Trecho do episódio 2.22 do seriado Grey's Anatomy, a mãe de uma moça está muito doente, só que não contou a filha o que realmente tem, então quando descobre que vai morrer em pouco tempo, isso é o que ela diz a filha:

"...Você pode achar que não tem nada a ver, mas use calcinha embaixo da meia-calça. Sei que às vezes pode fazer volume demais, mas, honestamente é meio vulgar não usar e também é assim que se pega infecções.

E case-se com um homem amável. Um que seja gentil com a mãe. Agora, se ele morar com a mãe, corra na direção oposta.
(...)
Quando esse dia chegar tome só uma taça de champanhe, e depois beba água pelo resto da noite, pois não há nada mais vulgar do que uma noiva embriagada.
(...)
Isso agora é realmente o mais importante. Um dia você terá um neném. E vai se sentir pequena diante dessa vida pela qual é responsável. E vai achar... vai achar que tudo que faz está errado. E isso é normal. Vai ficar obcecada com o que deve lhe dar de comer e em que escola matriculá-lo, e se deve estudar violino ou piano.
Mas vou te contar um pequeno segredo.
Nada disso importa.
Tanto faz se seu filho for um grande pianista ou um gênio da matemática, por que no final de tudo, a única coisa que importa é se ele é feliz. Portanto, você vai ficar triste por um tempo. E isso está bem, Está certo. Mas não fique triste para sempre. Está bem?"

Tua ausência



"Exatamente neste instante, que farás?

Estarei em ti, envolvendo-te e conduzindo-te, como estás em mim
neste halo de angústia que é a tua falta ao meu redor?"

(J. G. de Araújo Jorge in 'Os mais belos poemas que o amor inspirou', vol 3)

"tenho urgência de tudo
que deixei pra amanhã."

(Martha Medeiros in Meia-Noite e um Quarto, 1987)

terça-feira, 28 de outubro de 2008


De todas as maneiras

Que há de amar
Nós já nos amamos
Com todas as palavras feitas pra sangrar
Já nos cortamos
Agora já passa da hora
Tá lindo lá fora
Larga a minha mão
Solta as unhas do meu coração
Que ele está apressado
E desanda a bater desvairado
Quando entra o verão
De todas as maneiras que há de amar

Já nos machucamos
Com todas as palavras feitas pra humilhar
Nos afagamos
Agora já passa da hora
Tá lindo lá fora
Larga a minha mão
Solta as unhas do meu coração
Que ele está apressado
E desanda a bater desvairado
Quando entra o verão
(Chico Buarque de Hollanda)

Vou gostar de você
Como gosto do mar
Mergulhar em você
Me perder
Me encontrar.
Ai, como é linda essa vida

Apesar da miséria
Apesar dessa fome
Aquele beijo com gosto de coca
O meu coração bate e toca
Vale a pena viver.
(Raul Seixas - 1887/1988)

Memória


Amar o perdido
deixa confundido
este coração.
Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.

As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão
Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.
(Carlos Drummond de Andrade)

Quando você for se embora,
moça branca como a neve,
me leve.
Se acaso você não possa
me carregar pela mão,
menina branca de neve,
me leve no coração.
Se no coração não possa
por acaso me levar,
moça de sonho e de neve,
me leve no seu lembrar.
E se aí também não possa
por tanta coisa que leve
já viva em seu pensamento,
menina branca de neve,
me leve no esquecimento.
(Ferreira Gullar)

Foto: Nicole Kidman

terça-feira, 21 de outubro de 2008



Alice: "..so queria saber q caminho tomar"


Gato Rizon: "Isso depende do lugar aonde quer ir!"

Alice: "Oh, isso realmente nao importa,desde que eu..."

(O gato interrompe)
Rizon: "Entao...Não importa q caminho tomar"

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Nós

O que restou de nossa história? Duas sombras separadas que não trocam nem mesmo olhares fugazes. Duas flores murchas dentro de um mesmo vaso. Te vejo ali, sentada na escuridão de nossas mentiras, com a cabeça enterrada nas mãos. Enquanto isso, cá estou eu, no outro pólo, fazendo vista grossa a tudo aquilo que nos roeu…Andávamos em direções opostas, sem nos darmos conta. No entanto, não sinto mais vontade de falar dos erros. Além de desgastante, é inútil e sem sentido. Nossos passos não iam no mesmo ritmo; nossos olhares vislumbravam horizontes distintos; nossas palavras não ecoavam no ouvido do outro. Hoje, quero palavras que façam eco, quero alguém que se perca comigo entre montanhas e manhãs, alguém que me queira sem fim, alguém com quem eu posso dividir as sombras, os pingos de chuva. Confesso que, às vezes, pareço ouvir teus olhos. Se piscar o olho posso quase te sentir. Ver teu fantasma extraviado, desnorteado, rondando. Contudo, és estranha a meu coração. O nosso amor morreu. E quem se atreveria a dizê-lo?”

(. Igor T. Bandeira in Dias de Chuva)

Partilha


"Fica com a cama.
Nela estão todos os meus perfumes e também os meus melhores sorrisos,
(sob o travesseiro do lado direito talvez ainda o som daquela gargalhada).
Fica com os lençóis das nossas madrugadas os cartões de crédito e todos os poemas.
O cobertor azul eu deixo porque ainda é inverno(e eu estava acostumada a te aquecer).
As fotos também eu cedo, não as quero.
Não refletem os medos que tive, são apenas momentos (congelados feito os projetos que adiamos).
As chaves do apartamento deixo sob o tapete.
O amor e os sonhos eu levo junto com o meu olhar encantado.
A dor está na caixa pesada que ficou no banheiro.
Não se preocupe, é minha prometo vir buscar no feriado
(eu levaria hoje, se pudesse, mas no carro não cabia o mundo inteiro)."

[Nalu Nogueira]

Foto: Vince Vaughn e Jennifer Aniston in Separados pelo casamento


Passing By - Yiruma


"É mais fácil amar o retrato. Eu já disse que o que se ama é uma ´cena´. ´Cena´ é um quadro belo e comovente que existe na alma antes de qualquer experiência amorosa. A busca amorosa é a busca da pessoa que, se achada, irá completar a cena. Antes de te conhecer eu já te amava… E então, inesperadamente, nos encontramos com o rosto que já conhecíamos antes de o conhecer. E somos então possuídos pela certeza absoluta de haver encontrado o que procurávamos. A cena está completa. Estamos apaixonados”.
(Rubem Alves)

1 - deixa pra lá;
(deixa porcaria nenhuma! é bom você falar alguma coisa porque eu tô no meu limite!)

2 - sei lá;
(você não tem nada pra me dizer, não?)

3 - não sei;
(última chance: ou diz agora ou não diz mais)

4 - desculpa;
(puta que o pariu! tá bom, eu assumo mais essa!)

5 - você não tem culpa de nada;
(opa? tô falando sozinha? agi sozinha? busquei sozinha? pensando bem... fui eu quem procurou?)

6 - a estória é minha;
(é, a estória é minha, mas não funciona nada se não possui coadjuvantes... que eu saiba tem alguém aí do outro lado que faz parte do elenco!)

7 - eu não devia;
(mas tive a ignorância de fazer!)

8 - queria saber porquê;
(quem sabe não facilita a razão de ser? dá pra dar uma luz porque eu tô perdidinha? saber o porquê fortalece o espírito! e a vontade de mandar à merda!)

9 - não quero mais saber;
(você entrou mudo e saiu calado mesmo, já que não vai falar, pelo menos chego antes e digo isso só pra jogar na sua cara se você pensou em algum momento em me dizer...)

10 - não procuro mais respostas;
(agora feriu o meu orgulho! também tenho amor próprio!)

11 - não tenho mais perguntas;
(pra quê perguntar pra quem não responde, mesmo?)

12 - não me posso;
(e você nem me retrucou!!! caralho! podia ter dito que podia, nem que fosse só um pouquinho!)

13 - e eu fiquei;
(belo pé na bunda, né?)

14 - tempo não resolve;
(só serve pra enrugar a pele e atropelar a memória! a gente se encontra quando? aonde? no asilo? ótimo! daqui a uns 20 anos você me liga e a gente vê se eu tô livre.)

15 - certas coisas a gente só vive uma vez;
(ou dá ou desce!!! não enrola que eu não tenho síndrome de novelo!)

16 - o fardo é meu;
(dividir um pouco não ia mal não!)

17 - tolice minha;
(em ter acreditado no que você falou mesmo!)

18 - sinto-me perfeitamente idiota;
(continuei acreditando...)

19 - cansei;
(caraca! será que não dá pra se tocar que eu não vou voltar atrás?)

20 - não volto mais.
(essa foi a sua última chance - depois de umas 157 que dei -, e eu falo seríssimo dessa vez!)

"E eu me pergunto se viver não será essa espécie de ciranda de sentimentos que se sucedem e se sucedem e deixam sempre sede no fim”
(Caio Fernando Abreu)

domingo, 19 de outubro de 2008

A força da fé



"Acredito que mais forte que a sabedoria, é a imaginação.
Que mais potente que a história, é o mito.
Que a esperança triunfa sobre a experiência.
Que a única cura para a dor é o sorriso.
Que mais poderosos que a realidade, são os sonhos."

(Robert L. Fulghum)

Trágico



Começou com uma troca de olhares
uns ares de sedução
se quiseres, se puderes
uns plurais de romantismo
não me beijes, me namores
não fujas, não partas
já não podes me deixar, umas palavras singulares
Eu te amo, tu me amas
Uns acordes provençais
Se não podes, não me iludas
Uns traquejos familiares
Tu és minha, de quem mais
Uns que tais, uns nem venhas
uns não posso nunca mais
uns poderes andaluzes
Não me traias, oh meu Deus
Uns adeuzes prematuros
uns que outros absurdos
uns sinais de fim de linha
Atitudes profissionais, tragédias seculares
Suicídios, ameaças, promessas indevidas
E tudo terminou com uma troca de facadas
noticiaram dois jornais.
(Martha Medeiros - Persona Non Grata, 1991)

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

aprisionada


"E assim nós vivemos brigando toda a vida, eu e o meu coração. Ele dizendo que sim e eu dizendo que não!"

(Lupicínio Rodrigues)

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Só amando...

"Amei... desventura minha! Quis curar-me e piorei. O amor só mágoas continha e aos tormentos que já tinha, novos tormentos juntei".
(Menotti Del Picchia)


"Faz tanto luar que eu pensei nos teus olhos antigos e nas tuas antigas palavras. O vento trouxe de longe tantos lugares em que estivemos que tornei a viver contigo, enquanto o vento passava."

(Cecília Meireles)

"Nisto(...) é que consiste a monstruosidade do amor:
em ser infinita a vontada e limitada a execução;
Em serem ilimitados os desejos, e o ato, escravo do limite".
(Shakespeare)

Escolha


"É preciso correr riscos, seguir certos caminhos e abandonar outros. Nenhuma pessoa é capaz de escolher sem medo."

(Paulo Coelho)

Pois bem, assombre-me! As vítimas costumam assombrar os seus algozes ( ...) Persiga-me, assuma a forma que quiser, enlouqueça-me até! Mas não me deixe neste abismo, onde eu não posso encontrá-la! Oh, meu Deus, é impossível! Eu não posso viver sem a minha vida! Eu não posso viver sem a minha alma!"

(O morro dos ventos uivantes - HEATHCLIFF )

segunda-feira, 13 de outubro de 2008



♪Estou tentando prender minha respiração

Oh, porque eu nunca aprendo?
Eu perdi toda minha confiança,
Apesar de ter, certamente, tentado mudar isso

Você ainda pode ver meu coração?
Toda minha agonia se vai
Quando você me envolve em seu abraço
Não me deixe mal sempre que preciso

Faça do meu coração um lugar melhor
Me dê algo em que eu possa acreditar
Não me deixe mal
Você abriu a porta agora, não a deixe fechar

Estou aqui, novamente ansiosa
Eu gostaria de não me importar
Sei que estou somente a um passo
Da mudança completa


Você ainda pode ver meu coração?
Toda minha agonia se vai
Quando você me envolve em seu abraço
Não me deixe mal sempre que preciso

Faça do meu coração um lugar melhor
Me dê algo em que eu possa acreditar
Não o deixe mal, o que está a minha esquerda
Faça do meu coração um lugar melhor


Tentei muitas vezes, mas nenhuma foi real
Faça isso ir embora, não me quebre em pedaços
Quero acreditar que dessa vez é de verdade
Me salve do meu medo
Não me deixe mal♪
(Within Temptation)

"As consequências dos nossos atos são tão complexas, tão diversas que predizer o futuro é uma tarefa realmente difícil".
(J. K. Rowling - Dumbledore)



Eu poderia ficar acordado só para ouvir você respirar
Ver o seu sorriso enquanto dorme
Enquanto você está longe e sonhando
Eu poderia passar minha vida inteira nessa doce rendição
Eu poderia me perder neste momento para sempre
Todo momento que eu passo com você é um momento que eu valorizo.
(...)

Deitado perto de você, sentindo o seu coração bater
E imaginando o que você está sonhando
Imaginando se sou eu quem você está vendo
Então eu beijo seus olhos e agradeço a Deus por estarmos juntos
Eu só quero ficar com você
Neste momento para sempre, para todo o sempre
Não quero perder um sorriso
Não quero perder um beijo
Bom, eu só quero ficar com você
Aqui com você, apenas assim
Eu só quero te abraçar forte
Sentir seu coração perto do meu
E ficar aqui neste momento
Por todo o resto dos tempos

(Aerosmith)

Fica comigo

 
"Mas fica meu amor
Quem sabe um dia
Por descuido ou poesia
Você goste de ficar".

(Chico Buarque)

sábado, 11 de outubro de 2008

Resíduo



De tudo ficou um pouco
Do meu medo.
Do teu asco.
Dos gritos gagos.

Da rosa
ficou um pouco.
Ficou um pouco de luz
captada no chapéu.

Nos olhos do rufião
de ternura
ficou um pouco
(muito pouco).

Pouco ficou deste pó
de que teu branco sapato
se cobriu.
Ficaram poucas
roupas, poucos véus rotos
pouco, pouco, muito pouco.

Mas de tudo fica um pouco.
Da ponte bombardeada,
de duas folhas de grama,
do maço― vazio ― de cigarros,
ficou um pouco.

Pois de tudo fica um pouco.
Fica um pouco de teu queixo
no queixo de tua filha.

De teu áspero silêncio
um pouco ficou, um pouco
nos muros zangados,
nas folhas, mudas, que sobem.

Ficou um pouco de tudo
no pires de porcelana,
dragão partido, flor branca,
ficou um pouco
de ruga na vossa testa,
retrato.

Se de tudo fica um pouco,
mas por que não ficaria
um pouco de mim?

no trem que leva ao norte,
no barco,
nos anúncios de jornal,
um pouco de mim em Londres,
um pouco de mim algures?
na consoante?
no poço?

Um pouco fica oscilando
na embocadura dos rios
e os peixes não o evitam,
um pouco: não está nos livros.

De tudo fica um pouco.
Não muito: de uma torneira
pinga esta gota absurda,
meio sal e meio álcool,
salta esta perna de rã,
este vidro de relógio
partido em mil esperanças,
este pescoço de cisne,
este segredo infantil…

De tudo ficou um pouco:
de mim; de ti; de Abelardo.
Cabelo na minha manga,
de tudo ficou um pouco;
vento nas orelhas minhas,
simplório arroto, gemidode víscera inconformada,
e minúsculos artefatos:
ampânula, alvéolo, cápsulade revólver… de aspirina.

De tudo ficou um pouco.
E de tudo fica um pouco.
Oh abre os vidros de loção
e abafa
o insuportável mau cheiro da memória.

Mas de tudo, terrível, fica um pouco,
e sob as ondas ritmadas
e sob as nuvens e os ventos
e sob as pontes e sob os túneis
e sob as labaredas e sob o sarcasmo
e sob a gosma e sob o vômito
e sob o soluço, o cárcere, o esquecido
e sob os espetáculos e sob a morte escarlate
e sob as bibliotecas, os asilos, as igrejas triunfantes
e sob tu mesmo e sob teus pés já duros
e sob os gonzos da família e da classe,
fica sempre um pouco de tudo.

Às vezes um botão. Às vezes um rato.

(Carlos Drummond de Andrade)

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Hoje, acho que sei. Um dragão vem e parte para que seu mundo cresça? Pergunto - porque não estou certo - coisas talvez um tanto primárias, como: um dragão vem e parte para que você aprenda a dor de não tê-lo, depois de ter alimentado a ilusão de possuí-lo? E para, quem sabe, que os humanos aprendam a forma de retê-lo, se ele um dia voltar?
(Caio F. Abreu in “Os Dragões não Conhecem o paraíso”)

A tua resposta


E porque eu fui te dizer

que depois de te encontrar

já podia até morrer...

- tu me envolveste em teus braços

e me fizeste viver

(J. G. de Araújo Jorge)

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Como é instrumental...só sentindo!!!

Clair de lune - Claude Debussy


Agora tanta adivinhar pq eu escolhi essa música!

PRA SEMPRE


"(...)“Não tenha medo”, eu murmurei. “Nós fomos feitos pra ficarmos juntos.”

De repente eu fiquei abismada pela veracidade das minhas próprias palavras. Esse momento era tão perfeito, tão correto, que não havia nenhuma dúvida disso. Os braços dele me cercaram, me segurando contra ele, éramos como inverno e verão. Parecia que todas as terminações nervosas do meu corpo eram fios elétricos.

“Para sempre”, ele concordou, e então nos puxou gentilmente mais pra dentro na água.

(...)"

(Breaking Dawn - Stephenie Meyer)

Foto: Kristen Stewart e Robert Pattinson

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Perda

Comecei Lua Nova, tô entorpecida, nocauteada por esta história de amor... Não ía postar nada agora mas...olha esse trecho, 3 meses após Edward ter ido embora e deixado Bella:
"Era a voz dele - eu tinha o cuidado excepcional de não pensar no seu nome -, e fiquei surpresa que o som não me prostasse de joelhos, não me fizesse me enroscar na calçada, torturada pela perda. Mas não havia dor, nenhuma dor.
No instante em que ouvi a voz dele, tudo ficou muito claro. Como se minha cabeça de repente tivesse ido à superfície de um poço escuro. Eu estava mais consciente de tudo - do que via e ouvia, da sensação do ar frio que não percebera soprando cortante em meu rosto, dos cheiros que vinham da porta aberta do bar.
Olhei em volta, chocada.
(...)
Sacudi a cabeça, tentando entender. Eu sabia que ele não estava ali, e, no entanto, senti-o improvavelmente perto, perto pela primeira vez desde...
desde o fim. A raiva em sua voz era preocupação, a mesma raiva que no passado era tão familiar - algo que eu não ouvia fazia tanto tempo que parecia uma vida.
(...)
Mas minha reação não foi nada insana - e fiquei grata. O som de sua voz era algo que eu temia ter perdido e, assim, mais do que qualquer outra sensação, senti-me tomada de gratidão por meu inconsciente ter guardado aquele som melhor do que minha mente consciente.
Eu não podia pensar nele. Isso era a algo que eu tentava me prender. É claro que eu cometia deslizes; Mas estava ficando melhor, e assim a dor era algo que agora eu conseguia evitar durante dias. Para compensar, tinha o torpor interminável. Entre a dor e o nada, eu escolhera o nada.
Agora eu esperava pela dor. Não estava entorpecida - meus sentidos pareciam incomumentes intensos depois de tantos meses de névoa -, mas a dor normal não vinha. A única dor foi a decepção pelo desaparecimento da voz dele.
(...)
Por mais que lutasse para não pensar nele, eu não lutava para esquecê-lo. Eu me preocupava - tarde da noite, quando a exaustão da privação de sono penetrava em minhas defesas - que tudo desaparecesse. Que minha mente fosse uma peneira e eu um dia não conseguisse me lembrar da cor exata de seus olhos, da sensação da sua pele fria ou da textura de sua voz. Eu podia não pensar naquilo, mas queria me lembrar de tudo.
Porque só havia uma coisa em que eu precisava acreditar para poder viver - eu precisava saber que ele existira. Era só. Todo o restante eu poderia suportar. Desde que ele tivesse existido.
(Lua Nova - Stephenie Meyer)



quinta-feira, 2 de outubro de 2008

estou indo comprar o segundo livro da série...

aaiii

vou agora
Quero ver o que me espera!!

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Ontem a noite comecei a ler o livro CREPÚSCULO de Stephenie Meyer e me apaixonei!! Encontrei uma razão para o vazio deixado com o fim da série Harry Potter...

Embora a história seja bem diferente de Harry Potter.

Descrição do livro: Crepúsculo poderia ser como qualquer outra história não fosse um elemento irresistível: o objeto da paixão da protagonista é um vampiro. Assim, soma-se à paixão um perigo sobrenatural temperado com muito suspense, e o resultado é uma leitura de tirar o fôlego - um romance repleto das angústias e incertezas da juventude - o arrebatamento, a atração, a ansiedade que antecede cada palavra, cada gesto, e todos os medos. Isabella Swan chega à nublada e chuvosa cidadezinha de Forks - último lugar onde gostaria de viver. Tenta se adaptar à vida provinciana na qual aparentemente todos se conhecem, lidar com sua constrangedora falta de coordenação motora e se habituar a morar com um pai com quem nunca conviveu. Em seu destino está Edward Cullen. Ele é lindo, perfeito, misterioso e, à primeira vista, hostil à presença de Bella o que provoca nela uma inquietação desconcertante. Ela se apaixona. Ele, no melhor estilo "amor proibido", alerta: Sou um risco para você. Ela é uma garota incomum. Ele é um vampiro. Ela precisa aprender a controlar seu corpo quando ele a toca. Ele, a controlar sua sede pelo sangue dela. Em meio a descobertas e sobressaltos, Edward é, sim, perigoso: um perigo que qualquer mulher escolheria correr. Nesse universo fantasioso, os personagens construídos por Stephenie Meyer - humanos ou não - se mostram de tal forma familiares em seus dilemas e seu comportamento que o sobrenatural parece real. Meyer torna perfeitamente plausível - e irresistível - a paixão de uma garota de 17 anos por um vampiro encantador.


O romance é lindo Edward é perfeito, além de lindo na minha imaginação, como pessoa é mais belo ainda! E Bella, é maravilhosa também, tem uma personalidade forte, é inteligente, reservada, desastrada. Bom, também é enjoada, chata. É a personagem, é o que encanta. O livro é ótimo, comecei ontem e estou terminando, louca pra ler o segundo e não vejo a hora de assistir o filme. Espero que seja bom, pq com todo respeito a quem gosta dos filmes de Harry Potter, mas pra mim, eles são uma merda comparados aos livros

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