sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

O inverno aqui é frio e amargo
Nos congela até os ossos
Eu não vejo o sol há semanas
Muito longe, muito distante de casa
Eu sinto como se estivesse afundando
Eu rastejo por um chão sólido
Estou sendo levada pela correnteza
Nunca pensei que pudesse me sentir tão pra baixo
oh, escuridão. Eu tenho vontade de desistir
Se toda a força e toda a coragem
Viessem e me tirassem desse lugar
Eu sei que eu poderia te amar melhor do que isso
Cheia de graça
Cheia de graça
Meu amor
Então, é melhor desse jeito, eu digo
Já vi isso antes
Onde tudo o que dizemos e fazemos
Nos machuca ainda mais
É que ficamos por muito tempo
Na mesma pele fraca
Estou sendo levada pela correnteza
Nunca pensei que pudesse me sentir tão pra baixo
oh, escuridão. Eu tenho vontade de desistir...
Marcadores: Cecília Meirelles
O homem para o qual dedico este texto. Aquele que tirei do pedestal e nunca mais coloquei em lugar nenhum. Foi para depois. Depois que eu resolver o que é verdade, o que é de verdade. Você pensa que eu não sei que você sabe que eu estou mentindo? Eu sei.
(...)
E sei que você mente também. E sei que a gente se atura porque perder pessoas é muito triste. (...) você respira quietinho ao meu lado enquanto dorme, lindo. E quando você dorme quietinho assim, eu sei que, apesar de eu não abalar sua vida em nada, você precisa de mim. E você já abalou tanto a minha vida. Que pena, agora você morreu. Mas eu continuo vendo você respirar, quietinho, ao meu lado. A verdade é que eu ainda acredito em reencarnação. E eu te olhei tantas vezes implorando. Não morre, por favor. Seja ele, seja o homem que perde um segundo de ar quando me vê. Mas você nunca mais me olhou quase chorando, você nunca mais se emocionou, nem a mim.
Você nunca mais pegou na minha mão e me fez sentir segura. Nunca mais falou a coisa mais errada do mundo e fez o mundo valer a pena. Eu treinei viver sem você, eu treinei porque você sempre achou um absurdo o tanto que eu precisava de você para estar feliz. De tanto treinar acostumei. E cadê a inspiração? Foi embora junto com a minha pureza, a minha crença, a minha fidelidade. Eu sou comum, igualzinha a você, a vocês. Eu cometo erros mesquinhos e sou capaz de grandes momentos. Para cada grande momento, milhares de erros mesquinhos no ar, no lençol, no ralo de um banho cheiroso. Para cada fundo do poço, milhares de motivos de perdão boiando, bóias de coração para eu me agarrar.
(...)
Eu só queria que ele aparecesse, o homem que vai me olhar de um jeito que vai limpar toda a sujeira, o rabisco, o nó. O homem que vai ser o pai dos meus filhos e não dos meus medos. O homem com o maior colo do mundo, para dar tempo de eu ser mulher(...) Para dar tempo de seu ser criança, chorar para sempre. Para dar tempo de eu ser para sempre. Cansei de morrer na vida das pessoas. Por isso matei você. Antes que eu morresse de amor. Matei você. Eu sei que sou covarde. Surpreso? Eu não. Desculpa, eu tinha prometido nunca mais escrever tão subjetivamente. Te amo, viu? Você renasceu de novo.
Eu sei que sou louca.Louca e covarde.
(Trechos da crônica "Carta para o homem que morreu e um pouco de verdade viva" da autora Tati Bernardi)
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"Eu quis tanto ser a tua paz, quis tanto que você fosse o meu encontro. Quis tanto dar, tanto receber. Quis precisar, sem exigências. E sem solicitações, aceitar o que me era dado. Sem ir além, compreende? Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha,
por limitação humana.
Mas o que tinha, era seu. "
(Caio F. Abreu)
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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
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Que importa se existe entre nós muitas montanhas?
O mesmo céu nos cobre
E a mesma terra liga nossos pés.
No céu e na terra é tua carne que palpita
Em tudo eu sinto o teu olhar se desdobrando
Na carícia violenta do teu beijo
Que importa a distância e que importa a montanha
Se tu és a extensão da carne
Sempre presente?
(Vinícius de Moraes)
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"Essa palavra saudade
Conheço desde criança
Saudade de amor ausente
Não é saudade, é lembrança.
Saudade só é saudade
Quando morre a esperança".
(Pinto do Monteiro)
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Levantou confusa, tonta, desequilibrada.
Sentia algo estranho no ar...
Era o prenúncio da tempestade.
Olhou pra cama, ele não estava.
Saiu procurando por vestígios.
Abriu os armários, revirou gavetas. Nada.
Só uma tela vazia ocupando seu olhar.
A nuvem alva da falta desabava que nem tosse seca.
Pigavam gostas pretas no branco:
Era a velha e conhecida chuva do abandono de sempre.
Ela tinha ficado. Ele tinha ido.
Ele, seco. Ela, encharcada.
Ambos de amor.
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"As palavras
Reféns dos meus sentidos
Procuraram refúgio em seus ouvidos
E voltaram
Mais tristes do que foram".
(Ronaldo Cunha Lima)
Foto: Sarah Jessica Parker como Carrie in Sex and the City, ep 93
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e tua noite mal acordada
e dança comigo.
Esquece tua face pálida
e tua melancolia cálida
e dança comigo.
Esquece tuas vidas e dias mal-passados
e teus poucos momentos alados
e dança comigo.
Esquece tua aflição
e dor, agonia e solidão.
Pega minha mão
e dança comigo".
(Michele)
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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Eu te desapontei ou te deixei pra baixo?
Eu deveria estar me sentindo culpado
ou deixar os julgamentos no desdém?
Porque eu vi o fim antes de começarmos,
Sim, eu vi, você estava cega e eu sabia, eu havia ganho.
Então eu peguei o que é meu por direito eterno.
Retirei sua alma de dentro da noite.
Isso talvez acabesse, mas não pararia ali.
Eu estou aqui por você se você apenas se importar.
Você tocou meu coração, tocou minha alma.
Você mudou a minha vida e todos os meus objetivos.
E o amor é cego, e disso eu soube quando
Meu coração foi cegado por você.
Eu beijei seus lábios e segurei sua cabeça.
Compartilhei seus sonhos e compartilhei sua cama.
Eu te conheço bem. Conheço seu cheiro.
Eu fui viciado em você.
Adeus minha amante.
Adeus minha amiga.
Você já foi a única.
Você já foi a única pra mim.
Eu sou um sonhador, mas quando eu acordo
Você não pode partir meu espírito - são meus sonhos que você pega.
E quando você for adiante, lembre-se de mim.
Lembre-se de nós e de tudo que costumávamos ser.
Eu já vi você chorar. Eu já vi você sorrir.
Eu já assisti você dormir por um momento.
Eu seria o pai de seu filho.
Eu passaria uma vida com você.
Eu sei seus medos e você sabe os meus.
Nós tivemos nossas dúvidas mas agora nós estamos bem,
E eu te amo, eu juro que é verdade.
Eu não posso viver sem você.
Eu ainda seguro suas mãos nas minhas.
Nas minhas enquanto estou adormecido.
Eu carregarei minha alma à tempo,
Quando eu estiver ajoelhando aos seus pés.
Eu sou tão vazio.
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(Caio F. Abreu)
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não é como o dos outros;
quero demais, exijo demais;
há em mim uma sede de infinito,
uma angústia constante
que nem eu mesma compreendo,
pois estou longe de ser uma pessimista;
sou antes uma exaltada,
com uma alma intensa,
violenta, atormentada,
uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudades...
sei lá de quê!"
(Florbela Espanca)
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terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
"Fica estabelecida a possibilidade de sonhar coisas impossíveis e de caminhar livremente em direção aos sonhos". (Luciano Luppi)
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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008
Ahh! Eu tenho que aprender a esperar, tenho que deixar as respostas para minhas perguntas nas mãos de Deus, nas mãos do tempo. Gostaria de imaginar que isso é fácil e que vou cumprir a risca, mas sei que não vou, mas garanto que vou tentar, fazer o impossível em mim. Procurar aceitar o que Deus tem pra mim, esperar pra ver se a vida me manda as respostas sem que eu pressione para tê-las. Vou lembrar das poucas vezes que agi assim, foi tão bom colher os frutos maduros na hora certa...pensando assim, talvez eu realmente consiga. Vai ser melhor do que muitas respostas apressadas e incomletas.
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Havia a levíssima embriaguez de andarem juntos, a alegria como quando se sente a garganta um pouco seca e se vê que, por admiração, se estava de boca entreaberta: eles respiravam de antemão o ar que estava à frente, e ter esta sede era a própria água deles. Andavam por ruas e ruas falando e rindo, falavam e riam para dar matéria peso à levíssima embriaguez que era a alegria da sede deles. Por causa de carros e pessoas, às vezes eles se tocavam, e ao toque - a sede é a graça, mas as águas são uma beleza de escuras - e ao toque brilhava o brilho da água deles, a boca ficando um pouco mais seca de admiração. Como eles admiravam estarem juntos! Até que tudo se transformou em não. Tudo se transformou em não quando eles quiseram essa mesma alegria deles. Então a grande dança dos erros. O cerimonial das palavras desacertadas. Ele procurava e não via, ela não via que ele não vira, ela que, estava ali, no entanto. No entanto ele que estava ali. Tudo errou, e havia a grande poeira das ruas, e quanto mais erravam, mais com aspereza queriam, sem um sorriso. Tudo só porque tinham prestado atenção, só porque não estavam bastante distraídos. Só porque, de súbito exigentes e duros, quiseram ter o que já tinham. Tudo porque quiseram dar um nome; porque quiseram ser, eles que eram. Foram então aprender que, não se estando distraído, o telefone não toca, e é preciso sair de casa para que a carta chegue, e quando o telefone finalmente toca, o deserto da espera já cortou os fios. Tudo, tudo por não estarem mais distraídos”
(Clarice Lispector)
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"Ninguém pode construir em teu lugar as pontes que precisarás passar, para atravessar o rio da vida - ninguém, exceto tu, só tu. Existem, por certo, atalhos sem números, e pontes, e semideuses que se oferecerão para levar-te além do rio; mas isso te custaria a tua própria pessoa; tu te hipotecarias e te perderias. Existe no mundo um único caminho por onde só tu podes passar. Onde leva? Não perguntes, segue-o!” (Friedrich Nietzsche)
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sábado, 23 de fevereiro de 2008
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(Raquel Lemos)
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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
(Pe. Fábio de Melo)
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Outras vezes ... não...
A verdade é, mesmo que os veja chegando,
não estará pronto para os grandes momentos.
Ninguém pede para que a vida sua mude.
Mas ela muda.
Então o que somos?
Desvalidos?
Marionetes?
Não!
Os grandes momentos vão chegar, isso é inevitável.
É o que você faz depois que conta.
É aí que você descobre quem você é... "
(Joss Whedon - Criador da série Buffy The Vampire Slayer)
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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008
Marcadores: Verso e Prosa
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"Sonhe com as estrelas, apenas sonhe, elas só podem brilhar no céu.
Não tente deter o vento, ele precisa correr por toda parte, ele tem pressa de chegar, sabe-se lá aonde.
As lágrimas?
Não as seque, elas precisam correr na minha, na sua, em todas as faces.
O sorriso!
Esse, você deve segurar, não o deixe ir embora, agarre-o!
Persiga um sonho, mas, não o deixe viver sozinho.
Alimente a sua alma com amor, cure as suas feridas com carinho.
Descubra-se todos os dias, deixe-se levar pelas vontades, mas, não enlouqueça por elas. Abasteça seu coração de fé, não a perca nunca.
Alargue seu coração de esperanças, mas, não deixe que ele se afogue nelas.
Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente.
Se estiver tudo certo, continue. Se sentir saudades, mate-as.
Se perder um amor, não se perca! Se o achar, segure-o!
Circunda-se de rosas, ama, bebe e cala.
O mais é nada".
(Acredito que o autor seja Fernando Pessoa)
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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
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O Amor de espetáculo é justamente isso que nós chamamos de paixão. A paixão é um jeito bonito que nós temos de ver que nós viramos burros de novo, o apaixonado é sempre um otário, ele não vê defeito em ninguém. A criatura que está apaixonada, é a criatura que está...tudo é lindo! A paixão é este sentimento temporário (e ainda bem que é), é a ante-sala do Amor. Todo mundo que vai amar um dia, precisa passar pelo processo da paixão, a paixão é um espetáculo. Pode observar que dá ibope quando é aquela paixão fulminante, aquela coisa avassaladora. E depois você começa a enxergar que ele tem defeitos, antes ninguém percebia. De repente a gente começa a perceber que esses elementos da paixão vão sendo clareados porque uma luz está acendendo. A paixão dura o tempo que você deixar a luz apagada. Amor cego leva pro buraco mesmo. O encontro só acontece no momento em que a gente acende as luzes. Paixão dura o tempo que a gente deixa a luz apagada, o tempo que a gente não tem coragem de olhar pro outro como ele é e o Amor só vai ser legítimo se essa paixão passar, esse tempo de espetáculo e artificialidade passar e der lugar a um sentimento tranqüilo que lhe condições de ver o que o outro tem de melhor e o que outro tem de pior e mesmo assim você continuar preferindo estar ao lado dele. E aí cai naquela história "eu procuro uma pessoa ideal". Não, você não tem que procurar a pessoa ideal, a pessoa ideal só existe aqui. Você tem que procurar é a pessoa certa, a pessoa certa existe e está em algum lugar deste mundo.
(Padre Fábio de Melo)
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Foto: Sarah Michelle Gellar e David Boreanaz in Buffy, the Vampire Slayer]
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terça-feira, 19 de fevereiro de 2008
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"Já não tenho fantasmas
Invoco a todos
Que venham em bando
povoar meus dias
atormentar minhas noites".
(Alice Ruiz)
"Ainda me viro e me vejo
Pronta a te chamar
A te contar
Que aprendi hoje
Coisas que você soube"
(Alice Ruiz)
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Pense em mim com carinho
Quando nos despedirmos.
Lembre-se de mim de vez em quando
Por favor, prometa-me que irá tentar.
Quando achar aquilo que tanto deseja
Venha buscar o seu coração...
E fique livre...
E se você tiver um momento,
Pensa um pouco em mim
Nós nunca dissemos que nosso
Amor era perfeito,
Nem imutável como o mar
Mas se ainda puder se lembrar
Pare e pense em mim.
Pense em todas as coisas
Que nós compartilhamos e vimos...
Não pense como as coisas deviam ter sido.
Pense em mim
Pense em mim quando acordava,
silenciosa e resignada
Imagine-me me afastando para afastá-lo de minha mente...
Recorde aqueles dias,
Lembre-se daqueles tempos...
Pense nas coisas que nunca faremos...
Nunca haverá um dia em que eu não pensarei em você
(...)
As flores perecem
As frutas do verão perecem
Elas têm as suas próprias épocas,
Assim como nós
Mas, por favor, prometa que de vez em quando
Você vai pensar em
Mim
Música simplesmente maravilhosa!!! Melodia que toca o coração da gente...Pelo menos pra mim...
O novo filme O fantasma da Ópera vem cheio de encantos, afinal não há quem não tenha sequer uma pitada de emoção quando a atriz que interpreta a personagem Christine canta essa linda música.
É de arrepiar!!!
Foto: Emmy Rossum e Gerard Butler in O fantasma da ópera
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(Clarice Lispector in A Paixão Segundo G.H. .)
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(Gonzaguinha)
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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
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